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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 18 Dez 14
«Os russos têm uma história longa e estão habituados a sofrer em guerras. Entregaram Moscovo em chamas a Napoleão, obrigando-o a recuar, e sofreram vinte milhões de mortos para resistir a Hitler. Não me parece por isso que Putin apareça com a corda ao pescoço a pedir perdão ao Ocidente e a devolver a Crimeia à Ucrânia. Mais facilmente é capaz de se lembrar de carregar no botão, que muita gente parece esquecida de que ainda funciona. Mas a verdade é que nem precisa de o fazer. Toda a gente sabe que o petróleo é um bem finito e já se atingiu o pico da exploração petrolífera. Por isso, desça o que descer agora, o preço do petróleo só pode subir no futuro. É só uma questão de saber aguentar e os russos são um povo que já demonstrou que suporta o que for preciso em defesa da sua pátria. Só que no entretanto vai haver danos colaterais que até podem atingir Portugal. Se a Rússia é afectada com a queda do preço do petróleo, mais afectada é Angola onde o petróleo representa 66% do PIB e 98% das exportações. Já se fala na imediata entrada de Angola em recessão. Ora, a crise em Portugal só não foi pior devido ao investimento angolano nos últimos tempos. Uma recessão em Angola terá efeitos dramáticos para o nosso país. Desengane-se por isso quem neste momento se congratula com os resultados desta guerra geoeconómica. Já não estamos nos anos 40 em que Portugal podia assistir do camarote a uma guerra na Europa sem nela se envolver ou ser por ela afectado. Hoje em dia, esperem pela pancada.»
João Gonçalves 18 Dez 14
Fora do PSD desde 2004, não deixo de tentar perceber o que lá vai dentro. Um dia destes foi lançada uma biografia do dr. Rui Rio e, no contexto, disseram-se uma série de dislates em torno da "dimensão" do homem. Eu próprio, algures, achei que Rio podia servir. Um pequeno grupo de "notáveis" também achou, em 2009, mas o homem fugiu da possibilidade de ascender à Lapa em menos de 24 horas. Aos poucos realizei que Rio, fora dos sucessos eleitorais camarários de 2001 e seguintes, é a personificação do lugar-comum da "esperança" sendo que a "esperança", em política partidária, é tão lugar-comum como o "estratégico" que António Costa deu em usar para tudo e o seu nada. A principal diferença entre Costa e Rio é que Costa já é líder do PS e Rio dificilmente ultrapassará o patamar "esperançoso" em que se colocou apesar dos andores circunstancialmente erguidos para o pôr em cima seja do que for - partido, São Bento, Belém. Quando passar a tormenta dos próximos meses políticos, ninguém no seu perfeito juízo "social-democrata" (ou, se preferirem, do programa não escrito do PSD) pretenderá continuar a ouvir os sermões moralistas do dr. Passos Coelho. O país e o partido agradecer-lhe-ão os serviços prestados, sobretudo na supra-execução do PAEF, e Passos rumará com naturalidade para a sua nova vida de "senador" (a fila é longa mas cabe sempre mais um). Em rigor o "passismo" não tem herdeiros porque no PSD como, presumo, no PS, os "istas" do derradeiro líder tendem a ser os primeiros "istas" do próximo. É da vida, sobretudo da deles. Por o conhecer desde 1978, quando entrámos para o curso de direito na Católica, e por lhe reconhecer o que mais prezo em política, a independência de espírito crítico - e independentemente de ninharias em que ele às vezes se perde por pessoas que não merecem ou não valem o esforço -, veria com bons olhos uma candidatura do Nuno Morais Sarmento a presidente do PSD. Se ela aparecer, e valendo isto o que vale (e que é muito pouco), conta comigo.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...