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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 11 Dez 14
Parece que o CDS recusa-se outorgar a "chave de honra da cidade de Lisboa" a Mário Soares como pretende António Costa. O argumentário é o "radicalismo" do proto-homenageado e os "apelos à violência" que terá perpetrado recentemente. A "chave" vem do tempo de Krus Abecassis, que é como quem diz, do tempo em que o CDS não era PP nem radical. E era dirigido por gente civilizada e cosmopolita como Freitas do Amaral, Sá Machado, Amaro da Costa ou Lucas Pires. Já vi oferecida a "chave" a ilustres dignitários estrangeiros que, porventura, nem sequer cumpriam a previsão do edital camarário: «a Chave de Honra da Cidade é um galardão municipal destinado a distinguir personalidades, instituições ou organizações nacionais ou estrangeiras que, pelo seu prestígio, cargo, acção ou relacionamento com Lisboa, sejam considerados dignos dessa distinção.» A notabilidade Durão Barroso, por exemplo - que não teve tempo para se "distinguir" como 1º ministro mas teve o suficiente para mostrar o que valeram os seus dez anos na Comissão Europeia -, levou outro dia uma para casa oferecida pelo mesmo António Costa. O "deve e haver" político e cívico de Mário Soares não pode ser avaliado por meia dúzia de diatribes inconsequentes. Muito menos os que agora o acusam disto ou daquilo possuem uma biografia, ou uma densidade democrática, que os habilite a tão ridículo embotamento. Ponham a rapaziada no devido lugar.
Foto: Alfredo Cunha ©
João Gonçalves 11 Dez 14
«Camões põe o Velho do Restelo a dizer "cuidado com as vitórias, porque podem redundar em derrotas". E isso tem acontecido. Tudo o que gente faz é um prenúncio de derrota. A vida é uma derrota. A gente vive na derrota. Nasce contra vontade, e não é senhor do seu destino. O mundo é complexo, incompreensível, talvez não tanto para quem tem uma crença nalguma coisa firme, mas para aqueles onde a dúvida prevalece. E o que proponho é a dúvida. A dúvida é uma maneira de ser.»
Manoel de Oliveira a Pedro Mexia, Expresso, 2013
Foto: Com o cineasta, em Janeiro de 1986, na sua casa no Porto durante uma entrevista para o jornal Semanário
João Gonçalves 11 Dez 14
Ninguém esperaria, suponho, que os sindicatos da TAP marcassem uma greve para, por exemplo, quatro madrugadas de dias úteis ou inúteis, entre as 2 e as 6 da manhã. Como se aprende vendo e revendo O Padrinho, "ataca-se" onde dói mais. E aquele intervalo lúdico e pequeno-burguês entre o natal e o ano novo é uma maçada. Gente aos molhos com certeza prepara-se já para "desamparar a loja" entre Madrid, as ilhas Pipi e a cucaracha mais ou menos melancólica sul-americana. As agências de viagens começaram a arrancar os cabelos e, dos EUA onde esteve num programa de televisão com ar de Mutley, o dr. Lima prometeu comparecer a uma reunião dissuasora presidida pelo secretário de Estado Sérgio Monteiro. Desde que faça, como sempre faz com enorme proficiência, figura de corpo presente deixando a coisa por conta de Monteiro, pode ser que tudo se componha. Se não se compuser, também não se perde nada.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...