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portugal dos pequeninos

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Onde pára o Estado?

João Gonçalves 5 Dez 14

 

Esta obsessão do governo em rasurar o Estado de praticamente tudo, sem qualquer outro desígnio que não seja o de "ganhar dinheiro" rapidamente, conduziu a uma baralhada tosca na qual autoridade do Estado - lá onde ela deva ser exercida - sai apoucada e nula.  Portas e Passos Coelho, por esta ordem,,convieram há dois anos na manutenção da RTP com um modelo de gestão exclusivamente público. O único accionista é o Estado. Para não "melindrar" a hipocrisia política que parasita a coligação, os ministros que detinham a tutela técnica sobre a empresa foram secundarizados. "Ganharam" a administração Ponte e a endogania corporativa protagonizada nos senhores director-geral de conteúdos e nos directores em geral, que viram nesta sopa turva mais uma hipótese de sobrevivência. Relvas levou uns cinco meses a perceber isso - apesar de entretanto apascentar Ponte e o indefinível Marinho - e Maduro ainda não percebeu e já não vai a tempo de perceber. Tanto não percebeu que criou um "conselho geral independente" para exercer a referida tutela a bem da "harmonia" na coligação. Portas só queria manter a RTP como a encontrou no Verão de 2011 e isto bastou-lhe.apesar das lamúrias debitadas acerca da compra de direitos de transmissão da bola. Veio agora a ERC - que, como me dizia um amigo, "tem ciúmes" do "conselho geral" - dar "razão", num parecer pedido por directores da televisão e da rádio públicas,. aos ditos directores em sede de autonomia editorial. Nem precisava salvo porque o no man's land movediço em que a gestão da RTP se encontra o permitiu. Ponte também se agarrou à comissão de ética do parlamento e tudo indica que será levado em ombros até ao cemitério onde costumam jazer as administrações sucessivas da casa. Porquê? Porque o Estado declinou as suas responsabilidades mesmo tendo querido ficar com elas ao recusar modelos de gestão alternativos previstos no programa do governo. Ainda agora as declina "mantendo" a administração num limbo que, mais do que favorecer a inócua vaidade de Alberto da Ponte, só engrandece o videirismo "intermédio" habituado a sobreviver a tudo e a todos. Como é costume, estão muito bem uns para os outros

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