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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

 

Sou um bocadinho mais velho que Passos Coelho. Estive o tempo suficiente no PSD para me lembrar dele. Quando entrei, aos 22 anos, ainda estava em boa idade de me filiar na JSD. Mas já nessa altura não simpatizava particularmente com a ideia e nunca por lá passei. Com o tempo, comecei a defender a pura e simples extinção das juventudes partidárias. Os partidos chegam perfeitamente para forjar uma "carreira", a partir dos 14 ou 15 anos de idade física, como se pode constatar pelo que anda por aí. Passos presidiu à JSD. Estava lá em pleno "cavaquismo". Era deputado, Couto dos Santos e, depois, Ferreira Leite eram os ministros da Educação. Duarte Lima presidia ao grupo parlamentar quando foi votada a lei que previa um aumento de propinas. Foi imposta a disciplina de voto. Da dezena e tal de deputados da "quota" JSD, apenas Passos votou contra. Não lhe aconteceu nada, ninguém o "perseguiu". Mais. Reeleito presidente da JSD, "ameaçou" votar contra  o OE do ano seguinte se previsse mais aumentos de propinas. Ou seja, já nesse tempo Passos Coelho se revelava um intransigente "moralista". Ali ao serviço da corporação que representava - e que andava pelas ruas ao lado daqueles que apreciavam mostrar o rabiosque diante de São Bento -, agora ao serviço, por exemplo, do tratado orçamental, do austeritarismo cego e do "empreendedorismo" onde não cabem as pessoas "normais". Já crescidinho, a sua longa mão "moralista" exibiu-se agora em todo o seu complexo esplendor mas em sentido oposto ao da "juventude": mandou punir os deputados eleitos pela Madeira que votaram contra o OE para 2015. Pressurosa e lacaia, a direcção do grupo parlamentar "retirou-lhes" a "confiança política". O sr. Velosa, a tremelicar de respeitinho, pôs  logo o seu lugar de presidente de uma comissão qualquer "à disposição". Todavia Montenegro, o porta-voz deste "moralismo" reciclado, exigiu a demissão do vice-presidente do Parlamento Guilherme Silva como se não soubesse que os vice-presidentes são eleitos pelos seus pares e não pelos "moralistas" dos partidos que os indicam. A meses de eleições, o PSD dá mostras de querer "comprar" uma guerra estúpida com um Parlamento que respeita, independentemente das proveniências partidárias, Guilherme Silva. Passos, afinal, mesmo quando era "jovem" já era um velho "moralista" da "linha" dos que, mais do que não esquecerem, não aprendem nada. Bom proveito.

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