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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Ainda não perceberam?

João Gonçalves 1 Dez 14

 

Há mais ou menos dois anos praticamente todo o regime - depois de duas ou três frases deixadas cair pelo actual vice PM na primeira página do Expresso  - decidiu-se por manter o estatuto exclusivamente público da gestão da RTP. Saiu a indemnização compensatória e entrou a democrática, laica e republicana taxa do audiovisual. Independentemente de o "utente" consumir ou deixar de consumir a RTP, nas suas diversas "vertentes", subsidia-a através da continha da electricidade pelo sistema da substituição tributária. Entretanto a tutela técnica que estava entregue a um membro do governo desapareceu, em nome do politicamente correcto, e entrou em cena o Conselho Geral Independente que avalia, entre outras coisas, o "plano estratégico" da administração. Ficou, e nem podia deixar de ficar graças aos tais episódios grotescos de há dois anos, a tutela financeira do Estado que, por exemplo, é quem avaliza, ou não, o contrato de concessão de serviço público. Ora o Conselho Geral já chumbou por duas vezes os "planos estratégicos" (e, imagino, as imprescindíveis "pirâmides estratégicas" tão do agrado do dr. Alberto da Ponte) da actual administração, finalmente com a imputação de ter «violado o dever de colaboração e o princípio de lealdade institucional ao não comunicar a compra dos direitos da Liga dos Campeões».  E o novo contrato de concessão aguarda despacho favorável das Finanças há para aí um ano pelo que não está em vigor. A administração da RTP, como se não fosse nada com ela, mandou dizer que só se pronunciava depois de ler o comunicado do Conselho Geral o que - como se ainda fosse preciso - a define, excluindo-a. Aparentemente só ela é que ainda não percebeu.

O descaso social-democrata

João Gonçalves 1 Dez 14

 

 Se alguma coisa há a concluir das mais recentes "movimentações" dos dois principais partidos portugueses é que a social-democracia recuou no país. O PS de Costa lembra o fatídico PRP, depois Partido Democrático, do seu homónimo Afonso. Preside-lhe o antigo caudilho açoriano César o qual, aliás, resumiu o congresso tal como geriu, em regime de maioria absoluta, a vida pública da Região Autónoma: a apoteose da "unanimidade". Este Costa, como o que o antecedeu na fatídica I República, pretende "abafar" a concorrência à sua esquerda com uma direcção onde mistura franco-atiradores desprovidos de "ideologia" com a nomenclatura partidária "tradicional" que está habituada, praticamente desde Soares e desde pequenina, a seguir os "tempos" e o chefe circunstancial. O afastamento de Assis ou a ausência de Carrilho, bem como a recusa de Jaime Gama em entrar no circuito das apostas presidenciais, são exemplos práticos daquele retrocesso no PS tacticista de António Costa. No PSD esse retrocesso tornou-se mais patente com a emergência de Passos Coelho e do seu "liberalismo em forma de assim". A coligação e o austeritarismo associal do "programa de ajustamento" ajudaram a remover qualquer veleidade social-democrata ou reformadora na execução do programa do governo salvo aqui ou ali. Talvez só nas eleições presidenciais, com Marcelo ou Guterres (o resto é paisagem), se poderá recalibrar este descaso que mediocratiza, para já sem remédio, a vida dos dois maiores partidos nacionais.

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