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portugal dos pequeninos

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Uma questão de justiça

João Gonçalves 20 Nov 14

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Varrido o dr. Seguro, o PS parlamentar - presumivelmente com o consentimento do dr. Costa - aliou-se ao PSD parlamentar para repôr as subvenções políticas vitalícias  suspensas no OE de 2014, com um "corte" de 15% a partir de determinado montante. A eminente deputada Isabel Moreira, ilustre "constitucionalista", escritora e uma das mais firmes "doutrinadoras" anti-Seguro, murmurou "direitos adquiridos". E o sr. Velosa, do PSD, derramou uma "questão de justiça". Estamos, nestas subvenções, a falar de gente com um mínimo de doze  (12) anos de devoção patriótica matriculada e não  propriamente com sessenta e tal anos de idade e uns trinta e muitos de "função pública". Substituir isto definitivamente por um subsídio de reintegração porventura seria mais razoável quando se sabe que o austeritarismo começa em vencimentos e pensões de três dígitos. E, como frisou a ministra das finanças, não se sabe quando acaba mesmo com a eventual emergência do "prudente" dr. Costa que já não se compromete com nada. Nada a não ser complacentemente com esta brilhante "ideia" da não menos brilhante dupla Lello-Couto dos Santos. Nas eleições, a soma do dr. Costa "todo" custar-lhe-á, pelo menos, a maioria absoluta porque em relação à coligação as expectativas estão ao nível da declaração piedosa do sr. Velosa. No fundo, visto de fora como o comum dos cidadãos vê, será uma questão de justiça.

 

Adenda: A proposta da dupla acima mencionada foi retirada por ordem superior e, assim, o "arco da governação" pôde dar um pequno exemplo da "cultura biológica do compromisso" defendida pelo Doutor Cavaco. Estão todos de parabéns e bem uns para os outros.

A "bola de neve" da RTP

João Gonçalves 20 Nov 14

O governo andou bem, ao honrar a sua própria memória recente e fora de quaisquer outras considerações legais, em condenar politicamente a eventual aquisição de direitos de transmissão da Liga de Campeões por parte da RTP. De facto, em 2011, Miguel Relvas enquanto ministro responsável pela tutela técnica da RTP (entretanto desaparecida, ficando "apenas" a cargo do Estado - e dos contribuintes pela via da taxa do audiovisual paga com a factura da electricidade quer se "consuma" ou não RTP - a tutela financeira), deu instruções políticas à então administração daquela empresa pública no sentido de não "ir a jogo" nessa matéria. «Foi este Governo, quando as orientações ainda eram dadas por si, e não desgovernamentalizadas, que deu orientações muito claras no sentido de que a RTP se afastasse desse tipo de concorrência com outros operadores". Segundo Marques Guedes, "os dinheiros públicos, do ponto de vista do Governo, não deveriam ser aplicados" na compra de direitos de transmissão de jogos de futebol. "Numa empresa que, ainda por cima, tem dificuldades financeiras e num país que atravessa as dificuldades financeiras que atravessa, não deveria ser o operador público de serviço público a intrometer-se nesse mercado. E foram essas as orientações que o Governo deu quando a responsabilidade era sua.» Depois do Arquivo, o Conselho Geral Independente da RTP já tem muito com que se ocupar. Ou um dia destes ainda vamos assistir à RTP a lançar uma espécie de OPA à "casa dos segredos" uma vez que lá dentro não há ninguém que enxergue quer o que devam ser conteúdos de serviço público, quer a circunstância de esses conteúdos não existirem para "concorrer" com quem faz melhor (ou pior) consoante as "perspectivas".

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