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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 19 Nov 14
Este rapaz, quando não está a delirar sobre criancismo familiar, escreve coisas acertadas: «Os vistos gold são uma imoralidade. Às vezes é importante sublinhar os factos mais básicos, que nós tendemos a esquecer no meio das piruetas argumentativas. São uma imoralidade digna de país de Terceiro Mundo, onde certos princípios elementares são torpedeados porque é preciso ganhar a vida. Que essa iniciativa tenha nascido numa área partidária que se assume como democrata-cristã, eis a triste ironia de tudo isto. Paulo Portas precisa de estar mais atento às homilias de domingo. A razão é óbvia: os vistos gold são uma escandalosa violação de um princípio de igualdade que deveria ser sagrado, tanto para cidadãos nacionais como para estrangeiros. Nenhum de nós admitiria que direitos fundamentais como a residência ou circulação estivessem dependentes do tamanho da nossa conta bancária. Isso seria uma clara inconstitucionalidade. Mas é isso que a Lei 29/2012 permite a cidadãos estrangeiros: comprar o direito a viver em Portugal e a passear pela Europa por 500 mil euros. Ainda por cima, vendemo-nos por pouco.» Aliás, o seu artigo bem podia servir de "prolegómeno" à audição parlamentar da criatura citada. O homem que "não está" para qualquer pessoa, mesmo que seja sua colega no governo do país, a não ser que dê pretexto para se pavonear lá fora cá dentro ou cá dentro lá fora.
João Gonçalves 19 Nov 14
Por andar quase sempre de volta de Jorge de Sena - ou de voltar a ele por causa de outras coisas de que se anda à volta - ocorreu-me que este país, tão "generoso" na atribuição de veneras ao primeiro paspalhão "empreendedor" ou ao último "gestor" panorâmico e internacionalizado, nunca distinguiu Mécia de Sena pelo trabalho único feito em prol da publicação e divulgação da obra de seu Marido. Sem Mécia, sem a sua persistência e o seu amor (sim, é de amor que se trata), o prematuro e injusto desaparecimento de Jorge de Sena antes dos sessenta anos de idade poderia ter impedido gerações e gerações de tomar contacto com um dos poucos grandes vultos da chamada cultura portuguesa do século XX. Sena é daqueles portugueses cosmopolitas que nunca nos envergonham. E que, pelo contrário, nos chama permanentemente a atenção para a possibilidade de, no caso dele pelo vencimento lúcido e luminoso das suas palavras, sendo desgraçadamente "daqui" não ser ao mesmo tempo. Está, pois, mais do que na hora de o Estado - mesmo no estado de rebaixamento a que chegou - homenagear Mécia de Sena que fez durante décadas e décadas mais pela literacia nacional do que os exércitos de académicos, proto-académicos, poetastros e escrevinhadores de centros editoriais-comerciais alguma vez poderão fazer, até por se tratar de um impedimento intelectual e moral básico dessas torpes condições.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...