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portugal dos pequeninos

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Uma polémica famosa

João Gonçalves 15 Nov 14

Uma antologia de uma polémica em que intervieram criaturas tão distintas como Fernando Pessoa, Marcello Caetano, Raul Leal, Pedro Theotonio Pereira ou Júlio Dantas pelo "lado certo". Depois da publicação das Canções de Botto, no centro disto tudo, Mario Saa, em sua defesa, afirmou-o um «livro para ver como reagem as bestas.» Afinal, a "função" de qualquer coisa digna desse nome, livro.

Não se misture

João Gonçalves 15 Nov 14

 

Se alguém se tem portado bem no governo actual é Miguel Macedo. Parece que, por causa dos "vistos" do dr. Portas, Macedo colocou ao primeiro-ministro a hipótese de demissão. Já a sua desatinada colega da justiça preferiu exibir publicamente as suas "moralidades" políticas e jurídicas, à semelhança do que já tinha feito com o "caso Citius", quando devia ter permanecido em silêncio. Entretanto Macedo anda há dois dias a ser "queimado" em lume brando na praça pública, notoriamente com a cumplicidade de alguns videirinhos das suas bandas e afins. Nestas coisas são sempre necessárias umas árvores para tapar a floresta e Macedo, creio sinceramente que sem querer, vê assim afastar-se a sua autoridade política enquanto MAI. Algo que decerto intuiu quando quis sair e Passos não deixou. Os ministros, passados, presentes e futuros, parecem ter um estranho temor reverencial perante o dr. Passos que, cada vez mais, merece pouco ou nenhum. Crato não tem vergonha, Teixeira da Cruz está intermitentemente em Marte mas Macedo é pedestre. Passos e Portas, passando pelos que referi, estão bem uns para os outros. Eles que se entendam.

A nova "quadratura" de Costa

João Gonçalves 15 Nov 14

 

«Os tempos de facilidade e de aclamação acabaram. António Costa passou de uma promessa a uma dúvida. A política – sobretudo a política orçamental – da Câmara de Lisboa começa a ser examinada a sério. Chegou tarde, mas chegou, o fim do pequeno comício semanal na “Quadratura do Círculo”. Para preservar um pouco da aura de antigamente, Costa tenta não falar e, quando fala, não dizer nada. Só que um candidato a primeiro-ministro, queira ou não queira, tem de falar. Desta vez, foi uma entrevista à RTP para apresentar a sua moção ao congresso do partido – a única, de resto. Infelizmente para ele, não se arranjaram mais de 800 000 portugueses para o ouvir (e a concorrência ganhou a noite). Como sinal de entusiasmo é fraco e, além de fraco, muito lógico. O prodígio António Costa não saiu do calão em uso, nem das generalidades mais rasteiras. Primeiro, não se comprometeu a diminuir a austeridade num futuro previsível. Mais prudente e vago, acenou de longe com a possibilidade de “travar a regressão social” (o que não significa nada) e em “estabilizar e começar a inverter o ciclo para crescer” (o que significa menos). Quanto ao pão e à manteiga, pretende uma “política de rendimentos” segura e previsível. Vai repor as pensões (como eram antes dos cortes) e deixar por enquanto os salários do funcionalismo à providência do Altíssimo. A sobretaxa, ao que parece, ainda está para durar; e o desemprego também. Nestas coisas, todo o cuidado é pouco e Costa não tenciona criar ilusões à sua tresloucada esquerda. Sobre a dívida, não houve o mais vago sinal às fantasias dos 74. Pensa num “debate a nível técnico e académico” (que certamente nos sossegará) e em “encontrar uma solução a nível da Europa”, que se reduzirá, suponho, a um “debate a nível técnico e académico”, porque Portugal não pesa, nem decide. Costa gostaria, claro, que os credores espontaneamente nos desculpassem uma parte da dívida ou que um investimento indeterminado (mas por força grandioso) nos “libertasse do garrote”. Ninguém o deve impedir de se consolar com a ideia, que até o dr. Cavaco, num estilo mais presidencial, acha “positiva”. A educação do dr. António Costa já começou. Calculo que seja dolorosa e espero que seja profícua. Que mais se pode, no fundo, esperar dele?»

 

Vasco Pulido Valente, Público

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