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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 5 Nov 14
O tempo, esse grande escultor como escrevia a outra, só precisa que lhe concedam precisamente tempo. A "crise" de Julho de 2013, com a demissão sucessiva de dois ministros de Estado - uma verdadeira e a outra dissimulada - e a remoção de um outro ministro, como diz um amigo meu, sem nome mas que se chama Álvaro Santos Pereira, alegadamente representou um ponto de partida. Vinha aí, pela coordenadora mão do recém elevado a vice primeiro, a prosperidade, o empreeendedorismo e o crescimento. As finanças seriam secundarizadas e a economia passava a ter um nome e a proliferar como imperiais. De que maneira? Através das "reformas", sobretudo a "do Estado", também a cargo do venerando vice. Passaram quinze meses sobre esse querido mês de Julho e o previsível embuste deu à costa. Se "reformas" existiram em cumprimento do PAEF - sim, estavam no PAEF assinado peloa "arco" e não "para além" dele à conta de um fundamentalismo hiperliberal sem tom nem som -, ocorreram antes dessa "solidificação" da maioria em torno do mesmo austeritarismo obsessivo e de um novo improviso organizado. Ora o "para além" aparentemente não é entendido por Bruxelas como de utilidade para o que quer que seja apesar dos excessos reverenciais de Lisboa. «O ritmo das reformas estruturais parecer ter diminuído consideravelmente desde o final do programa, tendo, em alguns casos, invertido os resultados obtidos no passado (...).; a recuperação económica está a ser limitada pelos elevados níveis de dívida no sector público e privado e por um ambiente externo cada vez mais fraco, o que vem evidenciar a necessidade de novos ganhos de competitividade (...); o esforço para reduzir o défice estrutural orçamental subjacente diminuiu claramente (mas) o empenho nas reformas estruturais abrandou, registando-se um ritmo irregular de implementação nos vários sectores (...); é preciso reforçar as medidas para reduzir as rendas excessivas nas indústrias em rede, em especial no sector da energia (...); o ajustamento do défice estrutural subjacente também deve provavelmente ficar bastante aquém do exigido no âmbito do PDE, reflectindo um abrandamento do esforço de consolidação (...); recentes episódios da volatilidade dos mercados financeiros” servem para recordar “que gerir elevados níveis de dívida pública continua a ser um desafio para o Governo”.» São quantos mais meses disto?
Adenda: Como se isto não bastasse, o orçamento para 2015 - que ainda está a ser debatido na especialidade - já vai dando sinais da sua improbabilidade.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...