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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 4 Nov 14
António Cunha Vaz - que faz o favor de me aturar de vez em quando - escreve no Público sobre a PT e a sua putativa alienação. Isto numa altura em que egrégias figuras do regime pretendem "resgatar" a dita PT de ferretes estrangeiros. Sucede que a PT, como recorda ACV, «já não tem o centro de decisão em Portugal. Zeinal Bava e Granadeiro, precedidos por Miguel Horta e Costa venderam a PT. O primeiro abriu as portas à Unitel cuja participação a PT vai perder, recebendo o que a Unitel quiser pagar. Os segundos, para além de não saberem de nada, mesmo de nada, do que se passava na empresa no caso já descoberto dos 900 milhões, para além de já terem em curso um plano de dispensas de milhares de trabalhadores, venderam o controlo da empresa aos brasileiros com a justificação de um mercado mirífico de 100 milhões de clientes e da criação de uma empresa lusófona.» Quando teve o "centro de decisão em Portugal", a PT confundia-se com o regime: era muita mais uma empresa de uma pequena plutocracia do que propriamente uma empresa "de bandeira". A par com coisas como o BES, por exemplo, mantinha-o e mandava literalmente nele. Sem entrar em detalhes por causa de algum dever de reserva, tenho bem anotadas as reuniões da então tutela com a administração da PT e os operadores televisivos nacionais com vista à "abertura" da TDT. Tenho bem presente as "blindagens" que a PT introduzira una anos antes nos contratos de fornecimento de sinal e os valores em causa. Por tudo isso, é-me indiferente que a PT seja marciana ou francesa. Presentemente é controlada por dinheiro carioca quando parecia que ia ser tudo ao contrário. É feio e eventualmente triste? Talvez seja, mas os seus negocistas e os que lhes deram cobertura anos a fio deviam ter pensado nisso antes de recorrer aos lenços de papel para enxugar qualquer furtiva lágrima de um falso patriotismo tardio. Se, como diz Cunha Vaz, a PT não ficar «nas mãos de fundos que querem é engordar o porco para o vender por alturas de qualquer Natal», já não é mau. As coisas são o que são.
João Gonçalves 4 Nov 14
Para alguma minoria que não suporta bola, e ainda menos os comentários infinitos que a antecedem e que lhe sucedem (curiosamente quase sempre com os mesmos que também comentam a política o que não deixa de ser concludente acerca da vulgaridade que tomou conta de tudo), o canal Mezzo oferece a partir das 19.30 uma das melhores versões contemporâneas da ópera Macbeth, de Verdi, a da Royal Opera House dirigida por Antonio Pappano. Com Simon Keenlyside, Liudmyla Monastyrska, Raymond Aceto e Dimitri Pittas, numa encenação de Phyllida Lloyd com Anthony Ward, Paule Constable e Michael Keengan-Dolan. Notável.
La vita... che importa?...
È il racconto d'un povero idiota;
Vento e suono che nulla dinota!
João Gonçalves 4 Nov 14
Juro que não é embirração. Mas as digressões evangélicas do dr. Passos (nas quais ele improvisa para lá do recomendável) tornaram-se, como se costuma dizer, incontornáveis. Esta manhã acordei ao som dele, na antena1, reproduzido numa sessão sobre o orçamento destinada aos crentes. Falava do défice (do que é que ele havia de falar?) e jurava que há-de "matar" o "excessivo" em 2015 nem que para tal tenha de recorrer à velha máxima, sic, "quem não tem cão caça com gato". A "ideia" é sempre a mesma: uns juízes malvados impediram-no de cortar mais na despesa (i.e., de proletarizar ainda mais o trabalhador investido em funções públicas e afins e de o despedir sumariamente) e, por consequência (e agora traduzo o trecho popular para português do primeiro-ministro), fica sempre de pé a hipótese de aumentar a receita, ou seja, os impostos. Do défice, como antigamente de Goa, só saímos vitoriosos ou mortos. Parece que o dr. Passos já escolheu.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...