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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

O caminho

João Gonçalves 14 Out 14

O Doutor Cavaco ausentou-se ontem por breves instantes da sua pronunciada mudez para dizer duas coisas, ambas sob a forma original do não dito. A primeira, que os drs. Passos e Maria Luís não entendem a "natureza" da CGD (nós, afinal, também não). A segunda que, por ele, o prof. Crato já estaria demitido porque senão não faria sentido a quem é tão parco em comentários políticos afirmar que o início do ano lectivo não correu bem e prejudicou a "excelência" que se espera da educação. Há catorze anos, o antecessor do Doutor Cavaco, sem falar em público, exigiu delicadamente ao eng. Guterres as cabeças políticas de Armando Vara e de Luís Patrão por causa de uma fundação paralela ao MAI. Presumivelmente o actual PR poderá já ter feito o mesmo em relação a Crato junto do dr. Passos uma vez que, no mesmo acto, "ilibou" a ministra da justiça. Também correu que o ainda ministro da educação se colocou à disposição do primeiro-ministro e que este dispôs-se a mantê-lo. Depois do que disse ontem o Presidente, Crato deixou de ter uma segunda oportunidade para mais números de opereta, secundados ou não pelo chefe do governo. Pode continuar a vaguear por aí mas passou a uma mera inexistência política. Diga o dr. Passos o que disser ou deixar de dizer. Cavaco indicou-lhes o caminho.

Ratinhos de laboratório

João Gonçalves 14 Out 14

De há muito que os orçamentos de Estado se encontram desactualizados quando entram em vigor. O que anda a ser preparado, porém, prodigaliza a originalidade de se desactualizar hora a hora, minuto a minuto e de, por consequência, ameaçar constituir um tremendo disparate político. Pedirá, por certo, mais rectificativos do qualquer dos anteriores. E, pelos vistos, nem aos velhos e novos "amigos de Peniche" em Bruxelas agrada uma vez que até desconfiam do que está vigor. O comportamento politicamente medíocre e timorato em relação ao défice, exibido uniformemente nas reuniões do Conselho Europeu e no Ecofin, com uma dívida pública em percentagem do PIB como nós temos e com uma economia que nós não temos, faz dos portugueses autênticos ratinhos de laboratório de uma "Europa" falhada, trôpega e sem desígnio. Da periferia subserviente, Bruxelas só espera "medidas adicionais" sobre "medidas adicionais". As pessoas reais, insisto, não comem défices nem ao pequeno-almoço nem sequer para efeitos eleitorais. Um eventual "brilharete" nominal abaixo dos 3% do "pacto" imbecil é pura espuma como os tais "amigos de Peniche" já fizeram notar (não à França ou à Itália, evidentemente). Não chega para compensar o desastre que se avizinha.

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