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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

O caminho das pedras

João Gonçalves 2 Out 14

«As circunstâncias que têm afectado no último mês o sistema de justiça vão, com certeza, adensar as dificuldades do caminho da recuperação que sentíamos nos índices de confiança [na Justiça]. A tarefa será agora mais difícil e premente. O caminho que temos de caminhar é, sabemo-lo bem, o caminho das pedras.»

Henriques Gaspar, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça

A coisa promete

João Gonçalves 2 Out 14

 

Acordei ao som de Marinho e Pinto na antena1. Passavam excertos de uma entrevista que seria transmitida mais tarde. Designou o dr. Costa por "eucalipto" - não soma, seca -, acenou para a possibilidade da chegada do verdadeiro "pântano" (com Costa e Guterres) e insistiu na retórica da separação da política dos negócios. Pelo "ambiente", já se percebeu que estes, os negócios - passados, presentes e futuros - serão amplamente chamados à colação na campanha eleitoral para as legislativas. Desde os "grandes negócios" aos mais ligeiros esquecimentos e "constrangimentos". E também já se percebeu que Marinho e Pinto (e seguramente alguém mais "estruturado" do que ele ao seu lado) fará disto, e de outras coisas, uma bandeira populista e "ética". A impopularidade do regime, traduzida nas últimas eleições europeias e pelos "estudos de opinião", acabará por prejudicar até os recém chegados que nunca realmente deixaram de fazer parte dele como o referido Costa. Dentro da coligação, os pratos começam a servir-se mutuamente frios com "condimentos" para todos os gostos e feitios. Também a gestão política dos fundos comunitários até 2020 pesa muito nesta trôpega balança. O "ambiente", aos poucos, ficará "irrespirável" como em 1985 quando Cavaco e o PRD "abateram" o "centrão". Cavaco sabia que tinha dinheiro e queria gerir os fundos de então. O PRD contentava-se em "diminuir" o PS "soarista" e em servir de "muleta" ora ao governo minoritário, ora ao partido de Constâncio. Acabou tudo em dez anos de "cavaquismo" absoluto. Agora é diferente. Aconteça o que acontecer daqui até às eleições, não se almeja qualquer tipo de "absolutismo" salvífico. O que Marinho e Pinto veio dizer é que fará tudo para o impedir e que vem para "denunciar" a impotência do "arco da governação" e do Presidente da República. Apontará o dedo "justiceiro" e equânime da responsabilidade a todos pelo "estado a que isto chegou" e fará promessas "negativas" a uma opinião pública farta das outras. Quando o disserem desacreditado, ele responderá que seguramente está bem menos do que os que têm andado por aí nos derradeiros trinta e tal anos. E jogará oportunamente dois ou três "trunfos" para a troca. A coisa promete.

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