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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

"The lady's not for turning"

João Gonçalves 3 Set 14

 

 

«Il est froid. Ne sourit pas. Je suis son faire-valoir, mais je ne dois rien valoir.»

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Na política como no amor não existe gratidão. Com certeza que Seguro andou pelo país inteiro a "puxar" e a apoiar, como era sua obrigação, a maioria destes estupores. Dizem eles, com aquela gravitas palonça e oportunista que caracteriza a maior parte deles, «que Costa tem "a visão, a coragem e a determinação" que lhe permitirá levar a cabo "uma estratégia que vá muito além das vistas curtas e do curto prazo, e que aposte em valores tão caros aos autarcas como descentralização e proximidade".» Mais uma vez, e à semelhança destas funéreas criaturas, estes "autarcas" pretendem que alguém, "lá em cima" e amiguinho, os abasteça com mais poder e, no caso específico deles, com mais dinheiro para "imortalizar" a respectiva "obra". É esse o significado de "descentralização e proximidade". No caso de Lisboa, por exemplo, não foi "a visão, a coragem e a determinação" de Costa que resolveu a questão dos terrenos do aeroporto que lhe permitiu aparecer financeiramente "imaculado" nas derradeiras autárquicas. Foi Miguel Relvas. Mas isso não interessa nada a estes pobres de espírito. Costa segue embalado pelas "elites" - do partido, de outros partidos e da "vociferante matilha do espectáculo" - o que revela a "dimensão" dessas "elites" mais do que revela Costa. Esse, e a sua putativa "visão estratégica", fica bem resumido neste "retratinho" de Vasco Pulido Valente: «na propaganda das primárias (nas suas voltinhas de candidato que em Portugal nunca variam) está sempre rodeado por um bando de jornalistas sem senso à procura de uma frase ou de uma notícia; e a oportunidade para se aliviar de altos pensamentos é nula, tanto mais que na cabeça dele convivem ideias vagas e mutuamente exclusivas: a da maioria absoluta e a do entendimento com a esquerda radical, por exemplo, ou a da “negociação” com a “Europa” contra Merkel e Hollande.» Para a trupe ficar completa, falta Sócrates que chega num jantar dia oito. Sócrates, na noite das "europeias", mostrou-se "indignado" com aqueles que logo ali começaram a falar em substituir o líder: «como é que se discute um líder que ganha? Não faz parte do que é normal em política». Não fazia mas passou a fazer. Estão bem uns para os outros.

Não dar uma para a caixa

João Gonçalves 3 Set 14

 

Poiares Maduro foi falar na "universidade de Verão" do PSD. Não foi bem "falar". Foi emitir propaganda reles e - como aprendeu depressa! - revelou uma clara tendência para a já tradicional relação difícil com a verdade, uma irreprimível característica dos do métier. Segundo Maduro, mais do que reduzir salários e pensões, o governo reduziu consumos intermédios. Ele saberá do que é que está a falar quando usa o termo "consumos intermédios"? Ou "salários e pensões"? Ele conhece alguma coisa da chamada "vida material" das pessoas ditas normais? Do Estado? Do país, no fundo? Depois passou para as "reformas" que é uma espécie de "Ambrósio, apetece-me algo" do governo. «Em Portugal tendemos a cair nas soluções simplistas, que é uma pura questão de reforma do sistema eleitoral. Não é, é muito mais ampla que isso, é uma questão de cultura política", sublinhou, defendeu uma "reflexão alargada", que abranja também a questão da qualificação e capacitação da classe política e do funcionamento das instituições políticas.» Pois é, prof. Maduro. Por que é que não começa por si? Ainda não deu uma para caixa.

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