Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

O regresso oficioso do escudo

João Gonçalves 26 Ago 14

 

Salvo erro por ocasião das negociações do "PAEF", o então primeiro-ministro apareceu nas televisões a dizer o que é que não constava do Programa. Hoje, o conselho de ministros extraordinário que aprovou o segundo orçamento rectificativo do ano, seguiu mais ou menos idêntica via. Sobretudo nota-se o cuidado posto em sublinhar por agora não  «haver recurso a qualquer alteração de natureza fiscal». O resto é uma conversa branca: «a revisão dos tectos orçamentais é acomodada pela evolução positiva do emprego e consequente redução da despesa com prestações e melhoria da receita fiscal e de contribuições para a segurança social, e pelo controlo das rubricas de despesa fora da despesa com pessoal.» Como escreve o Público, «o Executivo não revelou, no entanto, quais as rubricas de despesa foram abrangidas por um controlo mais apertado nem detalhou ainda o volume de receita fiscal utilizado para equilibrar as contas.» Duas coisas todavia estão praticamente asseguradas depois desta semântica débil e politicamente controlada de quem não tem mais nada a oferecer ao país a não ser vã mercearia. A primeira. é a não garantia de que não haja aumento de impostos no OE para 2015. A segunda, é a garantia de que, cada vez mais, a "acomodação" pelo lado da receita fiscal coloca a generalidade dos trabalhadores por conta de outro a receber, na prática, em escudos. Já não é o regresso clandestino do escudo de que falava o meu saudoso amigo Medeiros Ferreira. É um regresso às claras, oficioso, com a chancela de um conselho de ministros no qual o dr. Portas, o Camarlengo do governo e reputado ex-provedor do contribuinte, fez questão de vir a correr de Maputo sentar-se.

 

Foto: Pedro Nunes, Público

Despesa, a puta da República

João Gonçalves 26 Ago 14

Não há erros, não florescem obsessões, não existem incrementos negativos na economia e nas exportações, não há retraímento da balança comercial, não há impostos em barda, não há "Estado paralelo", não aumenta a dívida e os seus encargos, não falece à Europa o crescimento. Isto não é Despesa, são descasos de virgindade epistemológica. Há, por outro lado, diversas encarnações do Maligno que "explicam" praticamente tudo: o Tribunal Constitucional, os trabalhadores das administrações públicas, em particular, e todos em geral, numa palavra, a Despesa. A única. A puta da República.

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Últimos comentários

  • João Gonçalves

    Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...

  • s o s

    obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...

  • Anónimo

    Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...

  • Felgueiras

    Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...

  • Octávio dos Santos

    Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...

Os livros

Sobre o autor

foto do autor