Portugal dos Pequeninos © 2003 - 2015 | Powered by SAPO Blogs | Design by Teresa Alves
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 27 Jun 14
Não entendo por que é que António José Seguro insiste em trazer António Costa a debates. Não porque a coisa, os debates, não fossem eventualmente mais interessantes que uns empurrões, uns mails ou o fatal César. Não. Costa recusa-se a debates uma vez que o seu lance napoleónico-cartesiano assenta precisamente numa espécie de "tomada de assalto", sem direito a contraditório, com base no primado da primeira pessoa. Apesar de encher a boca de "ética republicana", Costa não passa prudentemente daí, de encher a boca. Por outro lado, com os media generalistas e não generalistas e os comentadores por natureza generalistas ao seu serviço, ao edil lisboeta basta-lhe aparecer no seu "espaço" de comentário televisivo semanal. E, mesmo aí, pode estar calado porque os outros dois debitam por ele. Se levasse a "ética republicana" a sério, Costa aceitava os debates e suspendia a sua participação na sicn. Mas, como dizia a outra, quem tem ética passa fome. Pelos vistos as escadas, para Costa, não têm degraus.
João Gonçalves 27 Jun 14
Por esta hora, os "carregadores" dos "sonhos e da esperança" dos portugueses estão a fazer os malotes. O "melhor jogador do mundo" - também conhecido pelos penteados originais, pelas contas-poupança, pelos champôs e pela griffe em cuecas - não foi além da marcação de um golo no Brasil. As conferências de imprensa dos jogadores, dos médicos, do treinador e dos "federadores" retrataram melhor o país do que cem debates sobre o "estado da nação" ou as infinitas sessões comentadeiras de cá para lá perpetradas pelos tagarelas do costume: aquilo era, de facto, o "estado da nação". Talvez para não acabar tão abruptamente com os referidos "sonhos e esperanças", o senhor Presidente da República decidiu continuar a "bater bolas" convocando um Conselho de Estado irrelevante para presumivelmente discutir a "clara noite do nada" (Heidegger) em que consiste o presente e o futuro desta traquitana absurda chamada Portugal. Como se isto não bastasse, o dr. Passos andou pelo "cemitério dos portugueses", em França, a carpir os mortos domésticos da Guerra 14-18. O gesto é inequivocamente bonito e patrioteiro mesmo que a história subjacente não seja a mais edificante. No dia 9 de Abril de 1918, o mítico Corpo Expedicionário Português, quase todo enfiado no dito cemitério, foi literalmente dizimado pela ofensiva alemã chefiada por Ludendorff depois da debandada dos britânicos em cujo exército o CEP estava integrado. Os pobres dos portugueses ficaram, como sempre estiveram, entregues à sua má sorte e à sua irremediável iliteracia: não sabiam inglês e não perceberam a tempo que tinham pura e simplesmente de fugir. Ironia das ironias, tudo aconteceu no dia em que os ingleses se preparavam para render os esfarrapados militares do CEP em La Lys. Esse local acabou por se tornar famoso e por tornar famosos aqueles mortos heróicos, os únicos que temos para apresentar nos "teatros de guerra" em que participámos no século passado. Porque a má consciência, o temor reverencial e o "fardo" de Kipling impedem-nos de nomear os "heróis" da "guerra colonial". Os de La Lys foram simplesmente abandonados ao seu esforço inglório e à sua dramática ignorância. Passaram cem anos e continuamos a não ser exemplo para ninguém em lado algum.
João Gonçalves 27 Jun 14
«O governo de Sócrates, ajudando entusiasticamente à bancarrota, e o de Passos Coelho, que andou sempre a tropeçar em contradições, mudanças de estratégia, polémicas sem sentido e reformas falsas, tiraram ao executivo o vago prestígio com que saíra de um pequeno período de prosperidade, inteiramente devido aos subsídios da “Europa” e, a seguir, ao euro. Hoje ninguém confia em nenhum ministro, a começar pelo primeiro-ministro. Sofremos, por impotência e por desespero, uma anarquia mansa de que ninguém vê o fim e a que muita gente se resignou. O Presidente da República, ansioso por evitar sarilhos no último ano do seu mandato, prega docemente aos peixes, sem se importar que o ouçam ou não ouçam e, de facto, a generalidade dos políticos não o ouve. Quase não vale a pena falar da extrema-esquerda. O ódio fraternal entre os vários grupinhos, que em conjunto a formam, não tem diluição ou concerto, como se viu em 25 de Maio. Os chefes são personagens de comédia ou aventureiros sem vergonha. Para ajudar à história, o PS resolveu cometer em público um suicídio longo e degradante, que o deixará dividido por muito tempo. Nem Costa, nem Seguro devem pensar que, lavada a roupa suja (que aparentemente é inesgotável), as coisas voltarão à ordem e tranquilidade do passado. Não voltarão. Cada um se ilude a seu gosto. Mas também Coelho e Portas aceitam ainda o absurdo postulado de que o PSD e CDS resistirão a quatro anos de “austeridade”. Erro deles. Seja como for, a República está presa por arames. E o futuro não se recomenda.»
Vasco Pulido Valente, Público
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...