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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 12 Jun 14
«A devastação económica e social destes três anos tinha de ter tido um propósito de regeneração que não teve. Se tivesse tido, o discurso já seria outro. Isso é o imperdoável. Esse é o falhanço. Se ainda precisamos do que precisávamos ainda estamos como estávamos. Tirando estarmos mais pobres. E mais desiguais. E mais desempregados. “A vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor”. Todos os dias são um dia na vida de alguém. Hoje foi naquela empresa, ontem foi noutra, e tudo seria compreensível se fizesse parte do ciclo da vida. Faz parte do ciclo da morte. O desemprego de longa duração, o desemprego de jovens e de velhos, a redução dos apoios sociais (flexisegurança sem segurança) não é sentido de justiça nem uma sociedade a funcionar. É uma nação que exclui. Quem perde sai. Às vezes até é notícia. Hoje foi. Um dia de cada vez. Um dia é de vez.»
João Gonçalves 12 Jun 14
Quase um ano após a remodelação que alçou o dr. Portas a vice PM e a "coordenador económico" do governo - o dr. Lima é uma mera metáfora de si mesmo -, o país vive um ambiente que consiste num híbrido do período homólogo de 2004 (o Euro, então) com o que caracterizou o período 2009-2011 da governação Sócrates. Muito calor, muita alienação, muita bola apesar da distância. Não há "tranche" da Troika mas há PEC's e cortes "à Sócrates". Existe uma tranquilidade caótica todavia sem o profissionalismo político e o controlo "à Sócrates". E até no PS, pela via bonapartista, onde Costa "faz-se" ao partido e ao resto, sente-se o "toque" de Sócrates - dos seus aliados parlamentares e dos seus caciques. Mesmo que não mexa uma palha ou desça nas audiências da RTP (ele deve ralar-se muito com isso), Sócrates já "baptizou" o resto da legislatura: é o neo-socratismo. Chapeau.
João Gonçalves 12 Jun 14
Este blogue existe há onze anos. Curiosamente foi "criado" numa altura em que reinava uma maioria e uma coligação parecida com esta na parte Portas. A outra parte era Barroso que, no ano segunte, trocou a missão nacional para que tinha sido eleito por aquela da qual ninguém se lembrará quando, por cima dela, passarem menos anos dos que menciono. Acabei de ler um livrinho de Fernando Guedes sobre T. S. Eliot e Ezra Pound (que recomendo). Já perto do fim, Pound, de regresso a Itália após doze anos de cativeiro na democracia mais paradoxal do mundo, a dos EUA, foi a um concerto em Rimini. Reconheceram-no, o que obrigou a sua fragilíssima figura levantar-se e agradecer. Quando os circunstantes se calaram e esperavam umas palavras do Mestre, Pound saiu-se apenas com o Eclesiastes: tempus loquendi, tempus tacendi. Este ainda não é, aqui, o tempo do silêncio.
Let the wind speak
that is paradise.
Let the Gods forgive what I
have made
Let those I love try to forgive
what I have made.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...