Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Nem bom nem original

João Gonçalves 15 Abr 14

A entrevista do PM à sic fez lembrar uma observação atribuída ao Prof. Marcello Caetano numas provas académicas. A coisa teria alguns momentos originais e outros bons. Todavia nem os originais eram bons nem os bons eram originais. Só que Passos nem a tanto chegou. A coesão social está tão arruinada quanto o "consenso" político. Não terá sido aliás por acaso que o PS escolheu o eng.º João Proença para a reacção oficial. Enquanto isso, e apesar de escudado no "rigor orçamental", Passos já corre para eleições deixando, contrariamente ao que se escreveu no Programa do Governo, as pessoas para trás. Também deixou a "Europa", por exemplo, sobre a qual nunca se lhe ouviu um murmúrio. Esteve bem sobre Portas apesar de não ter sido original. Desde Julho que o tornou "irrevogável" no novo governo onde o promoveu. E não espera menos dele do que ingerir o cálice até ao fim. O vice-PM pode fugir das conversas dos "provisórios e definitivos" para as Arábias. Mas já não pode fugir de Passos outra vez. Nada, porém, que console especialmente o país.

Um "brilharete" imoral

João Gonçalves 15 Abr 14

Ontem, para além das palavras do General Ramalho Eanes sobre a intolerância perante a miséria e o desemprego, quarenta anos após o 25 de Abril, o Diário de Notícias estimava em 120 mil as famílias/pessoas a passar fome, fora os mais de 2 milhões em risco de pobreza. Com um cenário social e ético desta dimensão, o que é que paira na cabeça do evangelista do "financês" para quem não tenho já a menor contemplação ou pachorra (Deus sabe como expio hora a hora este logro)? «O Governo pretende repetir o brilharete de 2013 e alcançar um défice inferior à meta estabelecida com Troika. Porém, o objectivo é ir, uma vez mais, além do combinado, não enveredando por um alívio na austeridade, apesar do efeito benigno da retoma da economia e da folga herdada de 2013. Em vez de 4% do produto interno bruto (PIB), a equipa de Pedro Passos Coelho aponta agora para um défice à volta de 1,9% este ano». "Brilharete"? "Ir, uma vez mais, além"? "Não enveredando por um alívio na austeridade"? Estão, em suma, a brincar à tabuada com a vida das pessoas?

 

Adenda: O meu Amigo José Mendonça da Cruz enviou uma espécie de "errata" político-legislativa que reproduzo na íntegra. Porém, e sobretudo depois de ver o senhor PM na sic, mantenho (mantém ele, PM, porque rasura deliberadamente esses tristes factos) a parte que não é da responsabilidade do DN. «Estava tudo muito bem, meu caro João, se não se tratasse de uma fantasia do Diário de «Notícias», já desmentida pela ministra durante a conferência de imprensa de ontem. Não há brilharete nem intenção de exceder a receita. De intenção o que há um processo da mesma, habitual na informação da treta. Um abraço, JMC.»

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Últimos comentários

  • João Gonçalves

    Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...

  • s o s

    obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...

  • Anónimo

    Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...

  • Felgueiras

    Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...

  • Octávio dos Santos

    Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...

Os livros

Sobre o autor

foto do autor