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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Resnais

João Gonçalves 2 Mar 14

 

Morreu Alain Resnais. Presumivelmente o seu nome pouco dirá à "geração redes sociais" e, muito menos, à doméstica. Devemos-lhe, mais do que os seus filmes, um certo sentido da cultura que se perdeu. Por cá apenas florescem fadistas como cogumelos - Sua Excelência o Presidente da República, aliás, praticamente reduziu o seu empenho "cultural" na promoção destas criaturas - e Joana Vasconcelos. Parece que está para chegar o cacilheiro da senhora e que ninguém sabe o que fazer com ele. Terá sempre lugar nas águas de Portimão. Aquelas onde jazem velhas glórias da Marinha portuguesa. Por que não pedir à Vasconcelos que "invente" qualquer coisa subaquática na qual o regime e a sua "cultura" se possam afogar, ou seja, rever?

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"O grande carnaval"

João Gonçalves 2 Mar 14

 

«Num partido em que os “notáveis” só se preocupam com a sua carreira e com os seus “negócios” não admira que já haja três candidatos à presidência da República e que a questão se discuta ardorosamente por aí. Os três candidatos são Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso e Santana Lopes e todos fazem a sua humilde corte ao PSD, de que precisam para ser candidatos, primeiro, e eleitos, depois. É difícil escolher o pior. Mas como nenhum, por mais que se esforçasse, poderia ser pior do que o Prof. Cavaco, o país, que devia andar aterrado, anda tranquilo. De resto, o estatuto e a influência do Presidente cairam tanto de há vinte anos para cá que ele se tornou num ornamento inócuo do regime, a que ninguém atribui especial importância e que desceu, por sua própria conta, a angariador de investimentos para Portugal. De qualquer maneira, este extraordinário trio talvez nos consiga divertir no meio da desgraça. É pena que Marcelo nos prive da sua missa dominical, em troca da vista de Belém, embora talvez nos compense com a sua inclinação para o inesperado e a sua congénita malícia política: o país precisa que o agitem. Pedro Santana Lopes apareceu agora, desde que lhe deram a Misericórdia, com um arzinho de frade franciscano, que lhe fica bem e o ajuda a competir com o Papa. E Durão Barroso teoricamente traz consigo um cheiro a Europa de que os portugueses sempre gostaram. Claro que nada disto se consegue levar a sério. Mas na tristeza do dia-a-dia o absurdo distrai e até consola. Verdade que os três candidatos (ou “proto-candidatos”), não chegam para uma orquestra. Nem se pede tanto, com as dificuldades da Pátria: hoje basta um trio enquanto o “Titanic” se afunda. À esquerda, esvoaça muito discretamente o inevitável António Costa. Sócrates levaria o PS a um prodigioso desastre. E não se consegue imaginar outra “figura” do partido, que razões de idade ou de currículo não afastem dessa miserável aventura. Em compensação, não nos faltam excêntricos com mais de 35 anos, que se acham perfeitamente capazes de nos pastorear com a gravidade e a elegância com que discursam em reuniões de acaso ou escrevem artigos, assinados “director”, “gestor” ou “professor universitário”. Portugal está cheio de videntes com a cura para a crise no bolso, que sonham com uma oportunidade de passar à prática. E também o Bloco e similares se preparam com certeza para arejar as suas querelas teológicas a benefício das massas que não os compreendem. As presidenciais hão-de espantar o mundo.»

 

Vasco Pulido Valente, Público

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