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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 7 Fev 14
De acordo com o semanário Sol, "Miguel Poiares Maduro vai pedir um parecer jurídico para saber se Alberto da Ponte pode ou não ser obrigado a revelar o montante pago [a Nuno Santos]. O ministro quer perceber qual o valor juridicamente mais protegido: a necessidade de transparência na prestação de contas de uma empresa pública ou uma cláusula de confidencialidade num acordo entre a empresa e um trabalhador." Assim sendo, será preciso "somar" este parecer aos custos que o antecedem. Não seria mais prático, e politicamente mais adequado, "repensar" Alberto da Ponte? Por exemplo, o que é que justificou a sua presença na Guiné Equatorial há pouco tempo? O serviço público de rádio e televisão português? "Plataformas" e "conteúdos" para a nova e inquietante "lusofonia"? Um mistério. Poiares Maduro, na qualidade de tutela "técnica" e de "orientador estratégico" de A. da Ponte, talvez tenha respostas. Mas às vezes pergunto-me se a coisa não teria ficado mais adequada nas mãos de Marques Guedes, o ministro da presidência. Aposto que a infinita tagarelice em torno da RTP, muito em redor do ego do seu presidente, já teria terminado.
João Gonçalves 7 Fev 14
Vasco Pulido Valente, no Público, não deixa de ter alguma razão quando pergunta "a que propósito andamos nós preocupados com Miró" ao mesmo tempo em que, por exemplo, "não se investe na reabilitação urbana, nem em monumentos em ruínas ou perto disso, nem em bibliotecas, nem em arquivos". Por outro lado, «em Dezembro, 99 por cento dos portugueses nunca tinha ouvido falar, nem queria ouvir falar em Miró. Na oceânica ignorância em que “a geração mais bem preparada de sempre” rejubila, isto é um pormenor sem qualquer importância. Eles não sabem nada de pintura, como de literatura, como de história; nem sequer sabem que a água ferve a 100 graus C; mas conhecem em pormenor as bandas pop com que foram criados e muito mal criados, e o que se passa dia a dia no facebook». No fundo, Miró viria juntar-se um pequeno número de pérolas a porcos por que passam algumas escassas coisas materiais e imateriais que aparentemente só interessam a "amigos de objectos interpretáveis" para recorrer a um título de Miguel Tamen. E, de facto, os tempos parecem dar razão a quem acha que estes "objectos interpretáveis", desde que representem "dinheiro chave na mão", podem ir à vida, directamente "a" mercado porque decerto contribuirão para "atenuar" os mais de cinco mil milhões de euros que a portugalhada foi forçada a enfiar no excrementício BPN. Sucede que não é pela circunstância de os quadros ficarem ou não em Portugal que se passa a "investir" na reabilitação urbana, em "monumentos em ruínas", em bibliotecas ou em arquivos com bem enuncia Pulido Valente. Nada disto é "empreendedorismo", "inovação", "excedente orçamental" ou, muito menos, uma realeza denominada "empresa" que é o orgão masturbatório por excelência de quem fala alto na praça pública e despreza, por ignorância atávica, as inúteis humanidades que, por descaso delas, "formaram" uma civilização. Nem tão pouco "dão" carros topo de gama em troco de "facturas da sorte" que mereceram dos nossos vizinhos espanhóis o condescendente epíteto de "pitorescos". Não. Nós somos velhos e relapsos "inimigos de objectos interpretáveis" e, consequentemente, como escreveu Jorge de Sena, «uma lamaceira aonde a gente só esparrinha a lama.»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...