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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 2 Fev 14
O prof. Maduro devia dedicar-se em exclusivo ao que aparentemente domina: a Europa e os fundos. Foi encerrar o congresso das freguesias, onde o vaiaram, em que alguns dos presentes deixaram a sala para não ter de o ouvir. E merecia outra solene vaia pela entrevista que concedeu ao Público de domingo. Porventura realizada antes desta outra, surrealista, do presidente da RTP, todavia a coisa não deixa de parecer uma contenda floral entre duas pessoas que manifestamente não se entendem. Mesmo assim, o ministro deveria ter sido questionado (nem que fosse a posteriori) sobre os ditos do seu original tutelado que parece andar "à solta". Por exemplo, o que é que justifica que uma empresa pública, cujos "encaixes" financeiros engordam este ano 26 milhões de euros à conta da taxa do audiovisual (paga o consumidor de electricidade independentemente de "consumir" ou não RTP), gaste mais de 80 mil euros em sessões místicas de "motivação"? O ministro diz que é para pagar rescisões e canais internacionais. Será? Mas Poiares Maduro discorre abundantemente sobre o novo "modelo de gestão" assente na figura do "conselho geral independente" cuja composição já repousa misteriosamente na sua "cabeça". Se lermos com atenção, na verdade Maduro só consegue tornar ainda mais turva a sopa da gestão da RTP com as "explicações" que adianta. Porque uma coisa é certa. Com mais ou menos anacoretas a girar pelo dito "conselho", a tutela financeira permanece no Estado, mais propriamente nas Finanças, o que significa no governo - neste e nos que se lhe seguirão. Tudo, de uma maneira ou de outra (até as presumíveis "remunerações simbólicas" do "conselho geral"), a expensas directas ou indirectas dos contribuintes. Maduro nem sequer teve a delicadeza política, contrariamente ao que faz com o Parlamento, de incluir o Presidente da República no escrutínio dos membros do "conselho geral". Por outro lado, reforça esse supremo conselho de bonzos que é o de "opinião" da RTP, o que talvez se justifique por ter vivido demasiado tempo fora do Portugalório e não entender a "natureza" de coisas como aquela. Relvas fracassou mas Maduro parece empenhado em seguir o "guião" de Beckett: tenta outra vez e fracassa melhor. Estamos para ver que "conselho geral independente" sairá da cabeça do ministro enquanto Alberto da Ponte, "motivadinho da silva", se ri. Nunca menos, decerto, do que alguém que se sujeite a exercícios de contorcionismo circense. E quem começa em contorcionista, aparece a seguir a fazer de trapezista e, com um bocado de sorte, acaba em palhaço pobre. Porque - como escreve Cintra Torres no Correio da Manhã - o extraordinário presidente da RTP, que depende da tutela técnica de Maduro e da tutela financeira de Maria Luís Albuquerque, não esclareceu se é um dos que "não faz puto" «por não cumprir o plano que apregoou, não ter estratégia de gestão e de produção, por reconhecer que a RTP faz os conteúdos que diz que não fará (encher chouriços), por só viajar e fazer marketing.» Qual é a parte que o prof. Maduro não percebe?
João Gonçalves 2 Fev 14
«O Papa não passa os limites da “doutrina social” da Igreja ou do Catecismo decretado por Ratzinger. O que ele trouxe de novo está mais no espectáculo do que na substância. Não quis viver no palácio pontifical, cozinha de quando em quando o seu jantar, dá boleias no papamobile, lava pés com entusiasmo e quase que roça a santidade na sua paixão por um clube de futebol, o San Lorenzo de Almagro. Mas no seu fervor a esquerda vai esquecendoque ele, no meio deste ruído mediático, não tocou (e provavelmente não tocará) nas grandes questões que afligem os católicos: desde o casamento homossexual à ordenação das mulheres e à democratização interna da Igreja (embora ele se designe modestamente a si próprio como “o bispo de Roma”). A desilusão virá para a esquerda e para dez milhões de seguidores que o acompanham hoje no “Twitter”. Alguém se esqueceu de prevenir Francisco que a popularidade, como o populismo, não costumam durar. O repertório de um Papa é forçosamente curto e a incessante repetição de uma conversa petrificada por 2 000 anos de tradição acaba sempre por desinteressar os mais fiéis dos fiéis. Sobretudo se não assentar em acções pertinentes. Os primeiros franciscanos desistiram da pobreza de S. Francisco e não tardou que se tornassem uma ordem esplendorosa e riquíssima, que fazia inveja a toda a Cristandade. Não sei a que levará este novo estilo de Jorge Bergoglio. Mas sei que a extraordinária apoteose de 2013 não se repetirá. E suponho que o Papa dos “pobrezinhos” também sabe.»
Vasco Pulido Valente. Público
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...