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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Jorge de Sena

João Gonçalves 25 Jan 14

 

Dois novos livros com Jorge de Sena dentro: a junção da sua poesia publicada em vida num único volume agora intitulado "Poesia 1", organizado por Jorge Fazenda Lourenço, e a correspondência com Carlo Vittorio Cattaneo numa edição preparada por Mécia de Sena, Joana Meirim e Jorge Fazenda Lourenço, com traduções do Jorge Vaz de Carvalho. Espero ter alento para começar brevemente a escrever uma biografia de Jorge de Sena já que, quanto à "actualidade", estamos mais ou menos como no desabafo do autor de "Evidências" dirigido a Cattaneo, em 1972: "Aquilo, meu filho, é um país de filhos da puta que sempre andaram pelo mundo a fazer filhos em putas (...) E tudo, meu caro, deve ser medido por esta triste verdade, que, como estudioso de Portugal, V. deve ter sempre em mente: aquilo foi sempre um país de filhos da puta, apenas com algumas honrosas excepções, entre as quais me conto. Puta que os pariu, com perdão de algumas senhoras decentes que não tiveram culpa de dar à luz os cabrões que deram. Podre, irrecuperavelmente podre, é que aquilo é."

A França num capacete

João Gonçalves 25 Jan 14

 

Consta que alguns assessores de Hollande recomendaram que o presidente passasse a declarar-se celibatário. A avaliar pela cara do Papa quando o recebeu no Vaticano, Hollande ainda não adquiriu institucionalmente esse estatuto. Na sua vida privada, aquela com quem ninguém tem nada a ver, fê-lo hoje. Se seguir as pisadas do seu antecessor, porém, não tardará em levar a chochinha que frequenta de motorizada para o palácio presidencial. Hollande, à semelhança do nosso dr. Passos, apresentou-se com uma pessoa "normal" por contraponto à nervoseira convencida instalada antes dele. Insistiu, aliás, no termo nos debates com Sarkozy. Mas, como praticamente todas as indistintas "elites" político-partidárias que governam a Europa, do Cabo Espichel aos mais recentes aderentes da "causa" europeia, Hollande revelou-se não tanto uma personalidade "normal" quanto uma personalidade vulgar. Aparentemente ninguém o leva muito a sério em casa ou na chamada "Europa" que ele tanto jurou vir mudar.  A França há muito que vinha perdendo o estatuto de "farol" intelectual e político que a distinguiu sobretudo a partir do fim do século XVIII. Mitterrand foi o último a preservar essa "herança" imaterial talvez porque a partir de certo momento, e pelos mais variados motivos, parecia intemporal e inatingível. Mais do que qualquer outra coisa, o famoso capacete de Hollande "oculta" algo que agora não existe e que De Gaulle designava por "uma ideia da França". A senhora Le Pen agradece.

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