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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Um coveiro na academia

João Gonçalves 15 Jan 14

Crato constará do rodapé da "história" deste governo sobretudo como alguém que ajudou a derrubar um colega seu à conta de um "relatório" do qual nunca mais se ouviu falar. De resto, como ministro da educação e ciência é um logro e um figurante que aprecia arrastar-se atrás dos que vão à frente dele: o primeiro-ministro, por natureza, e um ou outro ministro por irrelevância (ainda hoje ornamentou uma mesinha ao lado do "empreendedor" dr. Lima). E, como professor universitário, presumo que não mereça a menor consideração da "comunidade académica", da que existe ou da por vir. Com ele, aliás, corre o sério risco de não vir de todo.

Dos "buracos" e das "humanidades"

João Gonçalves 15 Jan 14

 

 

Estava a ler esta peça do Público, sobre isto, e reparo na "preocupação" da deputada em "atenuar o buraco" com a venda em leilão dos quadros. Com o devido respeito, a deputada devia começar por tentar "atenuar" o "buraco" na cabeça dela. Logo o que não é de todo "lixo tóxico" na infâmia do BPN é que deve ser despachado a bem do "buraco" como se este lugarejo de castiços ignorantes fosse "modelar" em matéria de património e de cultura? Mas há mais, por falar em "buracos". A propósito da entrada de José Luis Arnaut no Goldman Sachs, Viriato Soromenho-Marques escreve, porventura uma imensa dose de injustiça, que «não se lhe conhece uma única ideia própria» embora o considere «um hábil perito em transformar propriedade pública em salvados.» No mesmo sentido segue Henrique Monteiro quando diz que «da seriedade de Ferro [Rodrigues] e de Álvaro [Santos Pereira] à esperteza de quem aproveita uma oportunidade política para se juntar à Goldman Sachs vai uma diferença abissal.» Estes "buracos" - culturais, instintuais ou o que quer que sejam - denotam a queda livre das "humanidades", a que alude Vasco Graça Moura (no sentido de as recuperar para a Cidade), na opinião e no sentimento públicos, hoje tão degradadas pelo "financês" rapace, apesar das «preferências de escolha das entidades patronais a diplomados que com elas tenham tido um contacto proficiente». «Porque será? Hoje temos todos a consciência de que a literatura é um instrumento do conhecimento e corresponde a um meio de funcionamento ao nível da sociedade que vai muito mais longe (...). Aos que falam da crise das humanidades e da crise da literatura, há também que saber dizer que sem crise (sem pensamento crítico) não existe qualquer futuro reflexivo, seja em que domínio do conhecimento for. A literatura é um dos mais densos lugares em que essa reflexão e essa compreensão se constroem. A literatura é algo que nos define como cidadãos reflexivos de uma cultura historicamente situada, com um património que hoje, cada vez mais, devemos aprender a valorizar, a praticar e a transformar.» 

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