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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

EVOCAÇÃO DE UM HOMEM BOM

João Gonçalves 9 Jan 11

A de Vítor Alves, homem do MFA e dos tempos políticos posteriores, feita por Medeiros Ferreira. O "nosso coronel" apreciava (como eu viria a apreciar depois) as madrugadas divertidas e mexidas da Lontra, ali a São Bento. Gostava da vida quando ainda havia vida.

GRANDEZA

João Gonçalves 9 Jan 11



Verdi. Nabucco. Maria Callas

AQUI ESTAMOS

João Gonçalves 9 Jan 11


Começou oficialmente a campanha presidencial. Por "estar de cama", não pude engrossar as hostes cavaquistas em Carcavelos e Cascais como tencionava. Mas agora tudo nos chega (e sobra) através do pc. A justiça manda, porém, que se elogie o "desígnio" (não queriam um "desígnio"?) do dr. Defensor de Viana do Castelo - a protecção dos direitos dos animais. Defensor, enquanto presidente de câmara, mandou fechar uma praça de touros e proibiu touradas, uma coisa que já valeu uma venera dos amigos das ditas à ministra Canavilhas (como se a tourada, em vez de ser a manifestação primitiva que é, fosse um acto "cultural"). E pela voz de Defensor, fiquei a saber que a tve deixa de transmitir touradas, apesar de se tratar da Espanha, aquela mítica terra de violência e de "beleza" tauromáquicas tão incensada por Hemingway na sua ficcão autobiográfica. Também fiquei a saber que Alegre, numa Incrível Almadense entregue às moscas varejeiras do Bloco e a duas ou três inutilidades do PS, acusou Cavaco de "provincianismo mental". Esta ridícula vaidade ambulante armada em candidato faz-me lembrar - em muito pior, inferior e rasca - a falhada tentativa da falecida eng.ª Pintasilgo em chegar a Belém, nos idos de 1985/86. Num debate na tv, com ela, Mário Soares alertou para a circunstância de não sobrar nenhuma baixela de prata em Portugal caso ela vencesse. Com Alegre, e dado o actual estado da arte, seria o que resta de Portugal que não sobrava. Bonne chance, pois, Prof. Cavaco. Aqui estamos.

CALMA DE MORTE

João Gonçalves 9 Jan 11



A morte violenta do cronista e jornalista Carlos Castro, em Nova Iorque, já provocou os habituais derrames. De uma banda, havia um "conto de fadas" inexplicavelmente interrompido, o fatal "agora é que é". De outra, a timidez, a "normalidade" e a "simplicidade" garantidas e comprovadas pela fraternidade viril local. É extraordinário como alguém consegue jurar, sem habitar as virilhas em causa, que este, aquela, o outro ou a outra são isto ou aquilo sexualmente falando. Aos 65 anos, como indicia numa resposta à revista Pública do jornal Público dada por escrito no dia em que foi assassinado, Castro imaginava estar a viver o seu "primeiro momento" de felicidade. E que não haveria segundo como, aliás (isto ele não sabia ou não queria saber), não existia já o primeiro. No olhar calmo do rapaz pairava, afinal, uma calma de morte e a recusa de qualquer "momento" (a mãe, por exemplo, já "garantiu" a heterossexualidade do rapaz mais depressa do que a sua inocência). A psicologia poderá explicar, depois, o ritual primitivo da castração. Felizmente a justiça norte-americana não é como a nossa, mole e complacente. E todas as explicações do mundo jamais poderão afastar a realidade de um crime sem remissão. Almada Negreiros termina Nome de Guerra com um recado metafórico mas realista. Não te metas na vida alheia se não quiseres lá ficar. O rapaz meteu-se na de Castro e Castro meteu-se na do rapaz. E ficaram, os dois, juntos para sempre numa terceira vida em comum - a da morte.

«Uma coisa parece certa: as presidenciais de 2011 ficarão na história como o momento em que o país disse adeus à Europa e rumou para a América Latina.»

João Pereira Coutinho, CM

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