Ontem, na rádio, passava um programa com Maria José Mauperrin como entrevistada. Ela e Aníbal Cabrita geriram, há anos, o Café Concerto na antena1. O Café Concerto costumava convidar alguém durante a semana e, no último programa, esse alguém respondia aos ouvintes, pareceu-me. Pude recordar, ao vivo e a cigarros (ainda se era livre de fumar), Cardoso Pires e Vergílio Ferreira. E Maria José contou uma história. Um outro convidado, Jorge Listopad, numa altura em que vivia nos arredores de Paris, um dia precisou com urgência de um médico para as suas duas filhas pequeninas. Disseram-lhe que havia ali perto um a cuja porta Listopad bateu. Ouviu um arrastar de passos e um homem abriu-lhe a porta. Listopad perguntou-lhe se era médico. O interlocutor confirmou. Listopad descreveu sumariamente o estado crítico das meninas e pediu ao médico que o acompanhasse para as ver. O médico recusou com sólido argumento irrespondível - não podia deixar o cão sozinho em casa. Era o dr. Louis-Ferdinand Destouches. Mais conhecido por Céline.
Adenda: Não sei se o Pedro Rolo Duarte e o João Gobern, que seguiam no alinhamento com o seu Hotel Babilónia, ouviram isto. Se não ouviram, deviam ter ouvido para aprender como é que se faz. Imagino que ainda haja por aí um ou dois vivos que valham a pena sem se cair na tentação enfadonha da mesmice autocomplacente. (E, sim, já sei que já estive com muito prazer no Hotel Babilónia).
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...