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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

O ALEGRE BLACK BLOCK PORTUGUÊS

João Gonçalves 5 Nov 10

Manuel Alegre apareceu com o seu fato Francisco Louçã a falar em "abutres". Os referidos "abutres" eram Bruxelas, o FMI e os mercados internacionais. Alegre resvala, a cada dia que passa, para uma candidatura tão irrelevante quanto perigosa à Presidência da República. Já sabia que o homem não se distinguia pela inteligência política e que vive noutra dimensão estranha, até, ao PS. Mas quando a semântica chega a este ponto, é caso para perguntar a que é que ele é verdadeiramente candidato. A chefe dos Black Block?

«O DR.CAVACO NÃO SE ENGANA»

João Gonçalves 5 Nov 10

Consta que Portugal está na iminência de falir e a caminhar para o abismo. Não está. E não está porque começou a falir e a caminhar para o abismo no dia em que o barbudo e pequenino (de estatura física) Afonso bateu na mãe. Por natureza, é de bom tom não bater nas mães. Costuma ser ao contrário, logo, a coisa não podia correr bem. Mas aqui talvez Medeiros Ferreira tenha razão. Os juros, como o preço do peixe no Bolhão, aumentam no dia em que em o endividado ou o cliente precisam de ir à praça. E se o endividado ou o cliente possuem fama de estroinas (na feliz expressão de Nogueira Leite), os juros, que são o preço do dinheiro, aumentam. Resumindo. «O dr. Cavaco não se engana. Cavaco sabe, como qualquer economista (ou qualquer historiador) que a essência da crise é a desconfiança (aliás merecida) do mercado financeiro internacional no Estado que emergiu a seguir ao 25 de Abril e na real legitimidade dos políticos portugueses. Porque, em última análise, para os nossos credores há só uma garantia: um Estado que mereça o respeito geral e políticos que o país geralmente apoie. Não por acaso, os juros subiram com o tristíssimo espectáculo das negociações PS/PSD. O observador mais distraído constata com facilidade o desprezo do eleitorado pelos dois partidos do "Centrão" e pelas respectivas clientelas. Como constata o inexplicável isolamento do CDS e a irresponsabilidade do Bloco e do PC. Quem vai emprestar, excepto a juro muito alto, o mais preliminar vintém a uma casa, com fama (e proveito) de más contas, que desabou nesta balbúrdia? Ao contrário do que o dr. Soares parece pensar, as crises financeiras que levaram ao fim de incontáveis regimes começaram na política, na pura política. Desde a revolução de 1789 ao 28 de Maio que isto não é um grande segredo. O dr. Cavaco tem razão: não é com gente que Portugal despreza no governo, na Assembleia e nos partidos que sairemos do buraco. O país não precisa de uma ditadura, mas precisa de uma radical reforma. Este regime chegou ao fim.» Não sou eu que digo. É o Vasco Pulido Valente. Num dia luminoso.

Estão espalhados pelo país uns quinhentos outdoors de um pobre versejador contemporâneo que quer ser "um presidente solidário". Cada coisa daquelas custa à volta de mil e oitocentos euros cada. Todavia, o pobre versejador, mais do que aquilo que quer ser e que nunca será - presidente -, é, sobretudo, um versejador solitário. Os seus "apoiantes" gostam tanto dele como eu. Pelo contrário, ontem ao fim do dia, pessoas tão diferentes como Campos e Cunha, Freitas do Amaral, Ramalho Eanes, Lobo Xavier, Bagão Félix, Paula Teixeira da Cruz, Jorge Braga de Macedo, Manuel Antunes ou Carlos Moreno encontraram-se ao fim do dia, em Lisboa, com o Presidente Cavaco Silva para assinalar o apoio à sua recandidatura. O pobre versejador representa um deserto contraditório no meio do famoso "quadrado" desta vez montado por Louçã e, com enfado, Sócrates. Ainda não percebeu, coitado, que ao contrário de Cavaco, está completamente sozinho. É a vida.

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