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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

PASSOS PEDESTRE

João Gonçalves 23 Set 10


O dr. Passos, contrariamente ao que parece, está apenas relativamente interessado no orçamento. O orçamento é um pretexto de que ele precisa para se estabelecer como líder do PSD, devidamente instigado por esse prodígio intelectual luso-árabe que é Ângelo Correia. Este e mais dois ou três oráculos obscuros terão convencido Passos a não ceder no orçamento e, se tal for necessário para preservar Passos, a acabar por o inviabilizar. Por causa do "interesse nacional"? Não. A coisa é mais pedestre. Passos e os seus - e Ângelo, desde a conspiração dos pregos na rua de 1981, é um reputado especialista em teorias dela - pretendem demonstrar que são "autónomos" de Cavaco e que, mais do que isso, receiam ficar "reféns" num segundo mandato do PR. Todavia, alguém poderia tentar explicar duas coisas a Passos. A primeira, dado o estado comatoso como nos apresentamos lá fora perante os credores, é que ninguém perceberia uma trapalhada doméstica por causa de ciúmes e de infantis necessidades de afirmação. A segunda, e aí entra Sócrates e a sua incansável trupe comunicacional, consiste em Passos ficar com o odioso de ter empurrado o país precisamente nos dois centímetros que faltavam aos quilómetros do outro para caírmos no abismo.

UM GOVERNO DE SALVAÇÃO NACIONAL?

João Gonçalves 23 Set 10

O dr. Santana Lopes sabe tão bem como eu que, nos termos constitucionais (não os aprecio mas são os que estão em vigor e que Cavaco jurou cumprir: não andou o dr. Lopes mortinho para retirar ao PR, em 1983, a dependência política conjunta do governo face à AR e ao PR?), o governo forma-se a partir do resultado das eleições legislativas e em atenção à composição parlamentar delas decorrente. Quando foi removido por Sampaio, como se recorda, o que o então PR fez foi precisamente dissolver o parlamento convocando eleições. Quem pode ou não pode sustentar governos ditos de salvação nacional (como se algum salvasse isto de alguma coisa), é justamente o parlamento, mantendo o actual ou decidindo por forma a o governo em funções deixar de poder estar investido nas ditas. Aí, sim, o PR tem de pronunciar-se, coisa que Cavaco está famosamente impedido de fazer desde 9 de Setembro último por causa das regras. Não se pretenda agora "atribuir" ao PR - a este ou a outro qualquer - uma missão que a constituição, revista ad hominem em 1983, lhe sonegou: a de manter ou retirar a confiança política num governo, suscitando a formação de um outro.

MISSÕES

João Gonçalves 23 Set 10

«Missão cumprida», a de Manuel Maria Carrilho na UNESCO. Os outros, os "amigos" dos Pedros Rolos Duartes destes tempos, também cumpriram a deles. Já António Costa, da direcção do partido albanês e candidato a candidato à sucessão do líder Kim, acha que a candidatura do fado a património imaterial da UNESCO em nada sai afectada por Carrilho ter sido demitido pelo referido Kim. A ele, Costa, que pouco ou nada fez pela coisa a não ser descerrar lápides em Paris e em Lisboa, é-lhe indiferente. Quanto à demissão de Carrilho, seria interessante saber a opinião do edil comentadeiro caso ele tenha uma e a possa exprimir.

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A FAMÍLIA ADAMS DO MIÚDO

João Gonçalves 23 Set 10


Aquele miúdo com idade para ter juízo e que pregava pregos numa tábua, de seu apelido Alegre, apareceu pela enésima vez num jantar íntimo estilo Ribeiro e Castro. Depois balbuciou umas trivialidades contra o FMI e sobre a despesa que Louçã lhe ensinou. A seguir surgiu o dr. Soares que talvez saiba, por experiência própria, o que é o FMI e que notou não ser propriamente uma desgraça a sua emergência, ressalvando que era melhor não ter de emergir. O miúdo vai andar nisto mais três meses e tal, a toque de caixa de dois "pais" distintos, até ao "auge rídículo do seu malogro" - o "padrasto", Sócrates, e o "afectivo", Louçã. Mas é ele quem diz que esta dupla "paternidade" abre "boas perspectivas" para o país. Então não abre, miúdo.

ISSO AGORA NÃO INTERESSA NADA

João Gonçalves 23 Set 10


Ontem o 1º ministro, qual Teresa Guilherme (ela que me perdoe a comparação), com um bando de idiotas atrás dele muito satisfeitos por estarem a ouvi-lo, remeteu a questão da dívida pública para "depois", para um "isso agora não interessa nada". "Depois" porque havia um "antes", aquela parafernália estulta que ele, na sua contentinha inconsciência, toma pelo "Portugal real" exposto na FIL de Lisboa. Basílio Horta - que também lá estava e que o dr. Pinho encarregou de importar fartos negócios que nunca chegam - perguntava famosamente pelo dinheiro para tantas coisas, colando-se à realidade (mais uma destas e acaba como Carrilho que é como acabam todos os que não seguem, tão complacente como bovinamente, a "cartilha maternal" do chefe). Para impressionar os figurantes imbecis (e para as televisões), Sócrates "foi de metro". Era o falso dia sem carros que os mesmos imbecis inventaram há uns anos para os papalvos - o homem tinha de "dar o exemplo". Já não há, ou há pouco, teatro de revista. Mas, confesso, o tropismo revisteiro desta gente é inexcedível enquanto guião com compère. O pior é que é se trata de mera loucura com método paga essencialmente por aqueles que andam todos os dias de metro.

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