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portugal dos pequeninos

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PEQUENINOS, EM SUMA

João Gonçalves 19 Set 10


Pergunta um leitor: «Onde estão as «elites» académicas, cientificas, politicas, empresariais ou sociais que seria suposto que esta «democracia» tivesse criado? Estão ainda nas «gavetas» ou nos «armários»?» Não, prezado leitor. Dividem-se pelos tagarelas de serviço. Porque não existe em Portugal essa coisa nobre chamada independência de espírito. Entre nós é tudo aconchegado. Pequeninos, em suma.

PIOR

João Gonçalves 19 Set 10

Um tipo chega a casa, regressado de uma soberba praia do Guincho e, em meia-hora, estraga-se toda essa ideia de beleza porque em torno da sua casa (vastas redondezas) não consegue estacionar o carro. Motivo? Porque estava tudo atascado de viaturas do ululante "povo" da bola. Merecem o Socrátes? Merecem pior que o Sócrates e para aí umas setenta pragas do Egipto.

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DOIS TAGARELAS

João Gonçalves 19 Set 10


Os jogos florais entre Sócrates e Passos Coelho, no momento que o país atravessa, são a perfeita demonstração de que, de estadistas, não têm nada. São apenas dois homens pequeninos, perfeitamente adequados um para o outro, que vivem fora da realidade.

Muita gente - académicos, prémios Nobel ou da Betesga, escrevinhadores simples e "complexos", ensaístas a sério ou a brincar, etc., etc. - morreu sem chegar a uma conclusão acerca do "é" da literatura. Aliás, pelo mundo fora, milhares de pessoas continuam atrás dele e a prova consistente disso mesmo reside em outros tantos milhares de livros que revelam (brilhante ou irrelevantemente) essa busca. Por isso é mais verosímil dizer do referido "é" da literatura aquilo que ele não é. Aparentemente foi o que Nabokov conseguiu dizer em meia dúzia de palavras que antecedem o livro da foto (Desespero, ed. Teorema, 2010), das quais Ana Cristina Leonardo deu ontem nota na recensão que elaborou para o Expresso. «Não tem comentário social a fazer, não traz mensagem nos dentes. Não endireita o órgão espiritual do homem nem mostra à humanidade a saída justa. Contém muito menos "ideias" do que qualquer um desses ricos romances populares tão histericamente aclamados na curta câmara de eco entre o aplauso e a vaia.»

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OS LOUCOS DA SEMANA

João Gonçalves 19 Set 10


«O país vai cada vez mais depressa a caminho de um desastre. Mas vai sem a identificação dos culpados. Tudo se passa como se o destino nos levasse para o fundo contra a vontade de toda a gente. O que não é manifestamente verdade. A lista dos loucos da semana - e só desta semana - chega para mostrar a nossa complacência com a irresponsabilidade, o erro e o delírio. José Sócrates - A dívida pública aumentou 14,2 mil milhões de euros do princípio de Janeiro ao fim de Agosto. A dívida directa líquida do Estado está hoje em 147 mil milhões de euros, 90 por cento do PIB (quando devia ser no máximo de 60 por cento). O défice excedeu no segundo trimestre em 6,2 por cento o défice do ano passado e o volume previsto no Orçamento (quando devia diminuir). Os peritos falam em recessão e numa intervenção iminente do Fundo Monetário Internacional. Angela Merkel prometeu sanções. O sr. primeiro-ministro (onde foram descobrir este homem?) mandou um secretário de Estado garantir à populaça que as coisas correm lindamente. E anda, entretanto, em campanha eleitoral, como campeão do "Estado social", para que não tem, ou terá, dinheiro. Pedro Passos Coelho - A Constituição da República, por obra da esquerda (sempre lúcida) e em particular por obra do ilustríssimo dr. Cunhal, é programática e deve ser revista. Acontece que a revisão não é uma prioridade, excepto para o sr. Pedro Passos Coelho, que não consegue perceber a evidência, mesmo se tropeça nela. Desviar Portugal para uma questão neste momento frívola e teórica (e descer nas sondagens) não o incomoda. Consta que o eng. Ângelo Correia (onde foram descobrir este homem?) o aconselha e o aprova. Alegremente, o suicídio do PSD continua. Ribeiro e Castro - Quem convenceu esta soturna mediocridade que alguém o queria para Presidente? Se por acaso, num espasmo de loucura, a que frequentemente é sujeito, Portugal lhe desse meia dúzia de votos, dividindo a direita, metade da população fugia a nado para Marrocos. Não se compreende como Paulo Portas não lhe aplicou ainda uma urgente e necessária martelada. Deputados do PS, PSD e CDS - Anteontem, os deputados do PS, do PSD e do CDS recusaram condenar Sarkozy pela expulsão dos ciganos. Não vale a pena comentar. A Assembleia da República é hoje o centro da desvergonha nacional. Merecia que a deportassem para a Bulgária.»
Vasco Pulido Valente, Público

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