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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

AS METONÍMIAS

João Gonçalves 13 Set 10


A D. Clara de Sousa, da sic, lembrou-se de convocar os chamados quatro líderes da oposição para explicarem aos espectadores o futuro. O futuro segundo eles, naturalmente. Quando se ouvem e vêem - Sócrates não falta porque, convém não esquecer a "doutrina" em vigor no PS e no governo, está em toda a parte - fica-se com a sensação de que são puras metonímias dos comentadores do regime e não reais dirigentes partidários. Isto vai longe.

REALITY SHOW

João Gonçalves 13 Set 10


Palavras sensatas e realistas - se não fossem realistas não podiam ser sensatas - do director-geral do FMI (aquela coisa que já devia andar por aí) e presumível candidato presidencial em França, Dominique Strauss-Kahn. Em primeiro lugar, é uma ilusão pensar-se que a crise acabou. Depois, o custo económico e social dela será tremendo, «porque estamos a falar de uma geração perdida» e de um cortejo de milhões de desempregados. Finalmente, «esta prova de fogo não se resolve com as velhas receitas» mesmo que propostas por "novos" políticos amanhados antes da crise emergir. As elites mundiais - e as europeias, particularmente - são demasiado fraquinhas para aguentar isto. Por cá (um péssimo exemplo até para o Burundi) temos a perspectiva de um bloco central orçamental para a casa não ir imediatamente abaixo. Apesar das harpias, convém mencionar que a coisa é mais imposta pela natureza dela do que pela vontade dos homens. Sempre presos por um fio, há quem nos vigie por nos sustentar e por sustentar um equívoco a viver permanentemente acima das suas possibilidades. Não é a 1ª página do FT, evidentemente. Para nós o problema da geração perdida coloca-se no plural. Por isso as escolhas públicas são ditadas mais em razão do famigerado mal menor do que por qualquer inexistente entusiasmo. Não que o "povo" seja realista. Mas a carteira - tal como a não assim tão remota Alemanha - obriga-o a ser. Não sou eu, pessimista e reaccionário militante, que o digo. É Strauss-Kahn, das esquerdas (há poucas assim e não estou a pensar no irrelevante candidato presidencial português do BE) que há muito só fecham o punho para dar um certeiro murro na mesa.

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