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portugal dos pequeninos

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NÃO LEMBRA AO CARECA

João Gonçalves 12 Set 10

A pseudo direita também tem a sua Edite Estrela. Careca, mas Edite Estrela até na sofisticação.

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A "JANELA INDICATIVA"

João Gonçalves 12 Set 10


«E assim estamos. A justiça é a grande especialista em desacreditar a justiça e da minha parte é uma enorme injustiça confundir isto tudo com palhaços cuja vida é ganha a trabalhar enquanto fingem endrominar. Uma espécie de mundo ao contrário onde a perversão começa a resultar: as pessoas encolhem os ombros, continuam a vida e até esta história sem ponta por onde se lhe pegue entra no domínio do que não espanta ou, pior, do-que-é-que-se-há-de-fazer? Se isto representa o funcionamento da justiça em Portugal e tudo indica que sim é evidente que a primeira reacção pode ser de medo. Que medo! Mas pensando bem, medo do quê? Medo de vermos a realidade tal como ela anda para ali aos tombos entre «janelas indicativas» e a mais extraordinária das desculpas esfarrapadas que leva sempre o nome de vírus ou, em última instância, o de peritos da Microsoft que ficam sempre bem numa casa? Não, não é o texto do acórdão que anda desformatado mas antes a justiça sem brio, sem vergonha, à papelada.»

Fátima Rolo Duarte, fworld

A PERIFERIA E A "EUROPA"

João Gonçalves 12 Set 10



Pacheco Pereira leu, mas parece que não leu, o "testamento" político de François Mitterrand, De l'Allemagne. De la France. Nós temos bom clima e boas praias - já ambos, aliás, ameaçados - mas pouco mais. Cavaco, em 1985, percebeu que a década seguinte seria dedicada a fazer entrar a Europa cá dentro. Ela entrou efectivamente, com betão e aos milhões, mas nunca enquanto Europa "cultural" ou intelectual. Este núcleo, da filosofia à literatura não especificamente filosófica ou à música, é alemão e francês. Em Portugal não há lastro disto a não ser em tentativas de imitação, sendo que a mais genial deu Eça. A literatura é um equívoco - fora meia dúzia de nomes até para aí 1919, data em que nasceu Jorge de Sena e a partir da qual, nessa matéria, praticamente nada mais nasceu - e a "filosofia portuguesa" é uma coisa intragável, saloia, como explicou há muitos anos Manuel Maria Carrilho. Portugal espremeu-se, com Cavaco, para ser o famoso bom aluno e integrar o não menos famoso "pelotão da frente". Este "pelotão" era tão somente o euro do qual a periferia, sob pena de nunca mais levantar cabeça, não podia ficar arredada. Mas o euro foi sempre, desde o início, uma criação alemã e francesa por esta ordem, aliás a ordem do título de Mitterrand. Quem paga, não só bebe pelo gargalo como compra e vende as garrafas todas. Ora nós só queremos da Europa as prebendas e não o esforço. O económico está posto de parte porque, tipicamente, não temos economia. Resta o financeiro "pilotado" pelos distribuidores. A Alemanha recuperou da crise sem surpresas de maior e voltou a impor-se à Europa do, ó suprema ironia, "tratado de Lisboa". Também se impôs politicamente porque uma coisa não vai sem a outra. O "federalismo" europeu ou é alemão ou não é. Se for, eu pelo menos não me importo de ser controlado por gente civilizada. Estou farto de grunhos.

Clip: Wagner, Die Walküre, Prelúdio e começo do II acto. Gabrielle Schnaut e Monte Pederson, desaparecido precocemente aos 43 anos. Alla Scala. Muti.

KISS ME DEADLY

João Gonçalves 12 Set 10


Um instantâneo vale mais que mil palavras. Ocas, por sinal.

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