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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

DA PORCARIA

João Gonçalves 9 Set 10

Os anacoretas da FPF fizeram o gosto ao dedo do sr. Laurentino - e de alguns serventuários avulsos e oportunistas que já devem estar a pensar na parelha ibérica - correndo com Queiroz. Suponho que o "povo" também deve ter apreciado o exercício dadas as suas inclinações esquizofrénicas para a glória efémera e para a humilhação alheia. Espero que Queiroz reaja a esta porcaria toda como ela merece.

EXPOSIÇÕES E FALTA DELAS

João Gonçalves 9 Set 10

O senhor juiz desembargador Rangel, salvo erro, pertence ao Tribunal da Relação de Lisboa. E dirige uma coisa chamada "juizes pela cidadania". Nesta última qualidade, o senhor desembargador aparece amiúde nas televisões e num jornal a "comentar". Começa invariavelmente os seus comentários televisivos por "não posso falar de casos concretos". Entretanto, vai falando. Pelo menos deste. Sucede que pode ser sorteado para apreciar algum recurso relacionado com um caso que comenta tranquilamente e acerca do qual manifesta inequívocas certezas. Pelos vistos, não é só Carlos Cruz quem precisa moderar a sua exposição pública. E logo no dia em que, pela terceira vez, o tribunal "à Expo" falhou a divulgação do que devia ter antecedido o espectáculo mediático da derradeira sexta-feira. Um Magalhães não resolveria o assunto?

Adenda: Nem que fosse de propósito, a Cruz, na RTP, sucedeu o senhor desembargador na tvi24. Que garante (será que conhece o que nem os intervenientes conhecem?) estar tudo certinho no acórdão que não há meio de sair e que é tudo "informática". Recordo Aristóteles nos Segundos Analíticos. «Se o fortuito não é nem o mais habitual nem o necessário, não pode haver demonstração a seu respeito.»

OS SIMPLIFICADORES

João Gonçalves 9 Set 10


Este "cientista social", eventualmente politólogo e rapazola com óbvios talentos intelectuais, pretende eliminar o PC da face da política portuguesa. Qualquer rapazola que veja, ouça e leia sabe que o PC é um partido parlamentar, muito diferente do PC de 75. Que o PC é mais "controlado" pelo movimento sindical do dr. Carvalho da Silva (hoje um herói do dr. Soares) do que o contrário. Que não é o PC que impede a nossa sociedade e a nossa política de serem "liberais" - é mesmo a nossa sociedade e a nossa política das quais o PC, genericamente, está arredado. Finalmente, o PC tem uma história e, em certo sentido, uma grandeza específicas que pessoas como o Raposo não podem entender. Cunhal queria outro país mas o país nunca escolheu o país de Cunhal, uma amarga derrota de que falava no fim. Todos os partidos sem história (ou com uma mas curta) cresceram nestes anos, o PC encolheu e o país persiste periférico e burgesso. É um sinal dos tempos. Mas o Raposo também é outro sinal. E assim sucessivamente.

A REALIDADE DO ETERNO RETORNO

João Gonçalves 9 Set 10



«O diagnóstico e as medidas apontavam, em geral, não para uma ruptura com o capitalismo, mas para a sua moralização, ou mesmo - no dizer de alguns - para a sua refundação. Mas pouco se fez. É certo que os Estados Unidos avançaram com nova legislação financeira, e que a União Europeia anunciou agora algumas medidas para 2011… Mas o escândalo dos bónus, com pequenas limitações, continuou; as taxas sobre os bancos são simbólicas e provisórias; o enquadra- mento das agências de rating espera melhores dias; o novo Bretton Woods reduziu-se a um reforço do FMI. Dois anos depois do anunciado regresso do Estado, é uma evidência que isso não aconteceu, e que, por paradoxal que tal possa parecer, não foram os Estados que se impuseram, foi a finança que venceu a partida. Na verdade, não se introduziu nenhuma mudança ou transformação profunda ao nível da economia mundial. (...) O que é cada vez mais evidente, é que o motor do crescimento ocidental gripou em 2008. Evitou-se então um provável colapso, mas com consequências que talvez ainda ninguém tenha conseguido avaliar completamente. E depois do susto caminha-se agora, como há dias dizia Eric le Boucher, para uma grande e inevitável desilusão, em que vai ser preciso enfrentar as consequências de uma prolongada era de incipiente crescimento. Ora, com um tal cenário, como contrariar a desmoralização, como evitar a contínua erosão da confiança? É da resposta a esta questão que, no futuro, dependem todas as políticas. O que é duvidoso é que essa resposta venha do passado…»

Manuel Maria Carrilho, DN

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