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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

DEDICÁCIA AO REGIME

João Gonçalves 30 Set 10



A Canalha

Como esta gente odeia, como espuma
por entre os dentes podres a sua baba
de tudo sujo nem sequer prazer!
Como se querem reles e mesquinhos,
piolhosos, fétidos e promíscuos
na sarna vergonhosa e pustulenta!
Como se rabialçam de importantes,
fingindo-se de vítimas, vestais,
piedosas prostitutas delicadas!
Como se querem torpes e venais
palhaços pagos da miséria rasca
de seus cafés, popós e brilhantinas!
Há que esmagar a DDT, penicilina
e pau pelos costados tal canalha
de coxos, vesgos, e ladrões e pulhas,
tratá-los como lixo de oito séculos
de um povo que merece melhor gente
para salvá-lo de si mesmo e de outrem.


Jorge de Sena, 7.12.71

BIPOLARIDADE PERIGOSA

João Gonçalves 30 Set 10

Este sujeito é o mesmo de há oito dias, em Nova Iorque? Ele terá mesmo uma cabeça onde se passe alguma coisa? Definitivamente trata-se de um homem perigoso.

CRETINICE COMEMOREIRA

João Gonçalves 30 Set 10

No tempo em que o país ainda era vivo, a propósito de umas celebrações camonianas, cobriu-se de grandes tarjas negras a estátua do bardo no Largo do mesmo nome. Era o que devia ser feito no 5 de Outubro por todo o lado. Não por a monarquia ter sido deposta (coitada, também já era um cadáver em férias) mas porque comemorar o que quer que seja, nas actuais circunstâncias, ressuma a um verdadeiro insulto ao "povo". Como se isto não bastasse, os bonzos da comissão das comemorações pretendem que o "povo", num transporte tão eminentemente patriótico como cretino, cante o hino às tantas horas, de norte a sul. Desculpem-me o plebeísmo, mas a isto só se pode responder com um não menos solene "bardamerda".

A TUDOLOGIA

João Gonçalves 30 Set 10


Devia haver um corte da ordem dos 5 a 100% nos "tudólogos" que, desde ontem, aparecem nas televisões a parafrasear as "medidas". Ainda agora Constança Cunha e Sá, armada em reputada especialista em despesa pública, praticamente sugeriu a intervenção da servilusa em relação aos funcionários públicos, os novos "sidosos" do regime, desde os órgãos de soberania até ao coveiro da última junta de freguesia. Que não chega, diz ela. E de "tudólogos", como esta querida, não chega?

O HOMEM DESFOCADO

João Gonçalves 30 Set 10

Parece que houve debate parlamentar com Sócrates. Ainda tem cara para aparecer em público? E outros para falarem com ele?

A FACTURA DO DESLUMBRADO

João Gonçalves 30 Set 10


«O deslumbramento é sempre a outra face de uma ofuscação, de um dogma, de uma cegueira. O deslumbrado olha, mas é incapaz de ver. Quando hoje analisamos a crise que temos vivido nos últimos anos, percebe-se que não foi por falta de saber que não se viu o que lá vinha, mas por excesso de deslumbramento: porque o deslumbramento desvaloriza a prudência, inutiliza o conhecimento e dilui o saber. E esta crise foi, em grande medida, a consequência de um duplo deslumbramento: com a nova finança e a sua delirante criatividade, com as novas tecnologias e as suas mirabolantes promessas, que se impuseram com uma tóxica cumplicidade. Foi este duplo deslumbramento que cegou e manietou tanta gente. E é ainda ele que, hoje, leva muitos a pensar que será com a retoma dos factores que provocaram a crise que se sairá dela. Isso acontece porque o deslumbramento, ao desprezar o passado e ao ignorar o futuro, vive e faz viver num presente completamente virtual. Num presente que é feito de activismo sem estratégia, colado a um imperativo de modernidade que se apresenta como um acelerador de tudo, mas que, na realidade, ninguém vislumbra ao que conduz. Ser moderno tornou-se simplesmente nisto, em ser deslumbrado!...»

Manuel Maria Carrilho, DN

E AGORA?

João Gonçalves 29 Set 10

Cá estamos. Aflitos, como se escreve no livro ali à direita.

PARA CONTRABALANÇAR

João Gonçalves 29 Set 10


No "pacote" de Sócrates devia estar incluída a demissão de alguns ministros e secretários de Estado, a saber, prof. Mendonça e ajudantes, Ana Jorge e ajudantes, Helena André e ajudantes, Maria Isabel Vilar e ajudantes, todos por acção, e Amado, Martins e Gago por inutilidade superveniente. A todos seria oferecido um livrinho de Manuel Alegre, devidamente autografado, a título de castigo. O de Sócrates, o castigo, fica para outra altura.

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