Este rapaz - uma descoberta da notável liderança socialista de Ferro Rodrigues porque era bonitinho, fazia
surf e ainda não tinha aparecido a espampanante professora universitária Marta Rebelo - deixou de ornamentar a nomenclatura do partido a que pertence e passou a comentadeiro. Fez qualquer coisa lá fora (uma
pós) e foi importado pelos jornais e pela Constança Cunha e Sá como "politólogo", uma profissão que caminha rapidamente para ser, em Portugal, a nova mais antiga do mundo. O rapaz sugere que Cavaco, quando regressar de férias, passe a governar. O rapaz pertence agora a um pequeno bando dentro do partido albanês que esteve caladinho (ou a bater palminhas consoante as circunstâncias) enquanto a maioria era absoluta e Sócrates reinava sem contradição. Nessa altura, o rapaz acharia a cooperação estratégica maravilhosa até porque Cavaco não impediu que o povo julgasse livremente a dita maioria como julgou. E julgou-a, diminuindo-a. Mas nem por isso o mesmo Cavaco impediu a maioria mutilada de governar ou de tentar governar como lhe aprouvesse de acordo com o que o parlamento possibilitar. "O caos na justiça", "a instabilidade orçamental", "o desemprego" que se "mantém elevado" ou o "abrandamento do ritmo de crescimento económico" são, de acordo com a tese do rapazinho, não sinais de uma governação exaurida mas de "uma presidência falhada". Porquê? Porque o Presidente, segundo o eminente politólogo, "não pode dizer que não tem competências em matéria de justiça ou política económica e parlamentar." Não concordo com a inacção presidencial em relação, por exemplo, ao PGR. Todavia, talvez por não ser politólogo, não enxergo as competências presidenciais em matéria económica ou parlamentar com este sistema constitucional, semi-tudo e semi-nada, que todos amam desmesuradamente. Tudo somado, o que o rapazinho teme é que, pela natureza das coisas e não dele, Cavaco tenha de ser mais protagonista do que tem sido depois de reeleito. Não é o que fica para trás, é o que aí vem. Cavaco ganhou sempre que falou directamente com o país. Fosse na Figueira na Foz, em São Bento ou em Belém. À conta da pseudo-crise orçamental uns querem pastelões nacionais subsidiados por Belém e outros, como o rapazinho, desejam apenas que Cavaco perca. Às vezes, sendo gente partidariamente distinta, une-os o mesmo propósito e a mesma obsessão doentia. É básico.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...