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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

DO DESPREZO AO AMOR

João Gonçalves 4 Ago 10





Aqui vemos primeiro Carlos Kleiber durante a representação de Otello no alla Scala em 1976. Famosa representação com a Freni, Domingo e Cappuccilli. Impassível perante as "bocas" vindas lá de cima - que heresia um maestro nascido em Berlim a tocar Verdi em Milão! -, repare-se no momento em que discretamente baixa a batuta e se eleva no desprezo. Os aplausos sobrepuseram-se às duas ou três alimárias vociferantes. Kleiber deixou para a posteridade uma das mais portentosas versões da ópera de Verdi com argumento de Arrigo Boito (dueto do 1º acto, Otello e Desdemona com Domingo e Freni no auge).

QUE PAÍS É ESTE A QUE PRESIDO?

João Gonçalves 4 Ago 10


À procura de um novo PGR? Duvido. Todavia é um módico de dignidade das instituições que está em causa. Passado o tempo "lento" da justiça, deve avançar, no tempo certo, o da política. De falar da pseudo-justiça portuguesa no programa da recandidatura é que não se pode livrar. Se quiser, escrevo-lho.

IRONIAS E CANSAÇOS

João Gonçalves 4 Ago 10


Leio este post do dr. Paulo Pedroso e, não sei porquê, lembro-me de uns versos de José Régio e é com eles que o leio. «Eu olho-os com olhos lassos,/(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços).» É só o que cada vez mais sinto aqui, neste país por onde não gosto de ir. Depois leio este, do dr. Artur Costa. Ah, que belos são os cansaços e as ironias da poesia.

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THE DYING ANIMAL

João Gonçalves 4 Ago 10

Moribundos, dizem eles. E não gosto de sindicatos de juízes ou de procuradores ou de polícias. Mas gosto menos de outras coisas e mais de outras como a novela do Roth.

O DIA EM QUE GOSTEI DE SÓCRATES

João Gonçalves 4 Ago 10


A foto é do Correio da Manhã. Nela um conhecido cidadão em férias no Algarve lê Gore Vidal. Trata-se do segundo livro de memórias do autor norte-americano que serve de epígrafe a este blogue. Não tem o interesse do primeiro, Palimpsest (não há tradução mas o leitor em causa pode sempre adquirir e ler no original: não lhe empresto o meu porque está autografado pelo autor). Todavia tem capítulos que só uma vida cheia como a de Vidal poderia produzir. A tradução que o veraneante está a ler é muito má. O livro começa com uma frase - e um capítulo - acerca do cinema, um belo fantasma que sempre perseguiu Vidal. E prossegue com o melhor momento, literariamente falando, que descreve a doença e morte do seu companheiro de cinquenta anos, Howard Auster. Quase no fim, este pergunta a Vidal: «Didn't it go by awfully fast?» E Vidal responde: «We had been happy and the gods cannot bear the happiness of mortals.» É isso, a velha frase. Aos mortais nada é dado de graça. Medite nela.

DA JUSTIÇA ENQUANTO MADELEINE

João Gonçalves 4 Ago 10


Fernando Negrão - um juiz pouco brilhante de quem o PSD se apropriou para o fazer deputado e candidato fracassado a câmaras - afirmou que o PS "não sabe o que fazer com a justiça". Então não sabe? A justiça está para o PS como as madeleines estavam para Proust. Não é por acaso que todos os dias a vêm mastigar às televisões em penosos exercícios de "memória voluntária". Só que, ao contrário do outro, estas pesam-lhes no estômago e a produzirem alguma coisa será seguramente muito má.

1030

João Gonçalves 4 Ago 10


Duarte Calvão desmonta, em apenas um post, uma recente mitologia caseira alimentada em torno de um autor. Talvez possamos, um dia, dar uma valente martelada em Bolaño e nas suas mil e trinta páginas tal como Nabokov "dava" em Balzac, Gorki ou mesmo Thomas Mann. Vai muito a tempo de a levar.

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