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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

ABOBORAR

João Gonçalves 29 Jul 10

O Estado, através da suas duas golden shares na bola - os srs. eterno Madaíl e Laurentino Dias -, decidiu "vetar" de cernelha o "prof." Queiroz. O método é velhíssimo. Vai buscar-se uma coisa que estava a aboborar para o que desse e viesse. De seguida, aboborada, abre-se um processo e, finalmente, despede-se com justa causa e uma choruda indemnização. Se o desempenho vuvuzelense tivesse sido outro, alguma vez teria sido conhecido o episódio aboborado?

GRANDES ENTREVISTAS

João Gonçalves 29 Jul 10






Agora que está na moda apresentar "grandes entrevistas" diárias com a pequenina gente caseira - e quase sempre a mesma gente basbaque, por sinal - atente-se na sagacidade irónica deste extraordinário escritor. Para quem confunde escritores com palermas que se imaginam escritores, a altíssima exigência intelectual de Céline não serve. É, tipicamente, outra coisa.

OCUPAÇÃO DOS TEMPOS LIVRES - 2ª PARTE

João Gonçalves 29 Jul 10


Eu não disse? Cá está ele. A PGR do senhor conselheiro Pinto Monteiro arrisca tornar-se num inerme edifício de "assuntos internos" cada vez mais afastado da realidade. Não estará na hora de Passos Coelho, tão imaginativo por estes dias, voltar a colocar em cima da mesa a eventual substituição de Pinto Monteiro, algo que sugeriu aquando da campanha para presidente do PSD - que ganhou - contra a opinião respeitosa do seu principal opositor Rangel?

MAIS CURTO-TEMPISMO

João Gonçalves 29 Jul 10

No "regresso" de Pacheco Pereira aos grandes posts e às frases certeiras. «Difícil arranjar algum lugar dourado para um antigo primeiro-ministro pouco qualificado» que "ameaça" fazer a legislatura inteira como sempre suspeitei que acabará por fazer. Até porque a "direita", tanto quanto sei, é para o "curto-tempismo" que se prepara. Mas isso fica para outro dia.

A VIDA É CRUEL

João Gonçalves 29 Jul 10


O Jansenista é um belíssimo blogue lamentavelmente arrastado pela facilidade do anonimato. Todavia, isso em nada diminui o seu conteúdo. Esta sucessão de imagens "kim-il-jongianas", tão inspiradoras do "estilo" do homólogo português da "esquerda moderna", ou esta acerca da barbaridade "cultural" da tourada, valem todas as visitas do mundo. Como escreve o autor noutro post, a vida é cruel. Permito-me parafrasear - nós somos cruéis de tanto pretendermos ser justos com a estupidez alheia.

DO CURTO-TERMISMO DOS DINOSSÁURIOS

João Gonçalves 29 Jul 10


1. «É a aceleração que conduz à consagração do curto-termismo, como se ela fosse na verdade, na bela expressão de Milan Kundera, o único êxtase do homem moderno. A aceleração dilui a percepção do tempo, condenando-nos a viver num presente perpétuo em que os acontecimentos se multiplicam na razão inversa da compreensão do seu sentido. A torrencial multiplicação dos pontos de vista tem como único efeito seguro o de privar o homem contemporâneo de qualquer perspectiva consistente sobre o quer que seja.O curto-termismo, que decorre automaticamente desta aceleração e se impõe em todas as vertentes da vida contemporânea, é o que melhor define a mutação radical que ocorreu na nossa relação com o tempo. É ele que nos priva de qualquer horizonte onde se possam instalar verdadeiros projectos de vida, individuais ou colectivos.»

2. «Acontece que, nestes momentos, é preciso escolher: ou se continua com o velho paradigma, com o desespero (mas talvez também o conforto) dos seus impasses. Ou se aposta no novo paradigma, com a angústia (mas também o entusiasmo) das suas potencialidades. Ou se fica com os dinossáurios, ou se vai com os mamíferos. O que entre eles se talha é, como ensinou T. S. Khun, um verdadeiro abismo: os paradigmas - os novos e o velho - são incomensuráveis.O novo paradigma que se pressente terá, no seu cerne, elementos que, por enquanto, poucos suspeitam. E um deles será, certamente, a cultura.»

Manuel Maria Carrilho, DN

DESFAZER EQUÍVOCOS

João Gonçalves 29 Jul 10


Esta Priscila - que não é seguramente a rainha do deserto - faz bem o seu "ponto" acerca de Henrique Raposo e da sua "alergia" liberal (meu Deus, se fosse pelo número dos que se intitulam "liberais", hoje éramos uma magnífica província dos EUA para banhos longínquos desses obesos devoradores de big mac's). Se eu quisesse ser mau, perguntava ao Henrique quem são os "liberais" que financiam os seus estudos e as suas investigações. Com não sou, apenas lhe recomendo que pondere o seguinte. Quem beneficia da ADSE, não o faz de borla. "Desconta" mensalmente de 1 a 1,5% para o efeito, esteja no activo ou esteja aposentado. Para além disso, "desconta" brutalmente em IRS para, entre outras coisas, o SNS onde, quando a ele recorre, torna a pagar as respectivas "taxas moderadoras". Feitas as contas, o repelente funcionário público que estraga o liberalismo caseiro, "desconta" três vezes e paga, fora a ADSE, do seu bolso, o que não é comparticipado quando vela pela sua saúde. Qualquer razoável economista da saúde explicaria de bom grado ao Henrique que o Estado poupava mais se o SNS adoptasse um regime tipo ADSE do que mantendo o "ideológico" Serviço da bandeirinha, esse sim, um poço sem fundo. Por exemplo, o autor do livro da foto.

OCUPAÇÃO DOS TEMPOS LIVRES

João Gonçalves 29 Jul 10

Deve estar para breve a abertura de mais um inquérito desta feita sobre os atl's dos senhores procuradores.

CONTAGENS

João Gonçalves 29 Jul 10



Deve haver por aí uns "especialistas", estilo "rambinhos", que entendem dos meandros informáticos e que entram desavergonhadamente nos sitemeters dos outros para os manipular. Não é a primeira vez que reparo na "paralisia" do dito sitemeter ou na sua inexplicável alteração (para baixo, evidentemente) nos registos num espaço de horas. Se se atentar nesta listagem - que vale o que vale e que é elaborada a partir do dito sitemeter - no meio de uma série de cocós na fralda, de sexo na banheira, de as mais belas do hi5, ou dos meus contos eróticos, surgem alguns blogues ditos mais políticos. À excepção de um - este -, os outros cinco ou seis correspondem a verdadeiros "exércitos" blogosféricos em que debita uma quantidade de gente. O que quer dizer que, até prova em contrário, o Portugal dos Pequeninos é o blogue solitário, ferozmente individual e individualista, mais lido em matérias políticas e afins. A manipulação do sitemeter não altera a natureza das coisas e, muito menos, a do autor do blogue. Que penhoradamente agradece aos leitores que nele confiam mesmo sabendo que o dito autor não confia em ninguém.

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SARAVÁ

João Gonçalves 29 Jul 10

Naquele linguarejar parecido com o português que é o do senhor Lula da Silva - "autor moral" confesso, juntamente com Sócrates, do grande negócio tríptico luso-brasileiro-espanhol (disse-o Granadeiro) - ficou a saber-se que a Oi (outra designação de elevado teor estupidificante) está mais "brasileira da Silva" do que nunca. Pode fazer-se uma extensão disto e afirmar, sem margem para grandes dúvidas, que Portugal também caminha, a passos gigantes e "estratégicos", para ficar "brasileiro da Silva" ou da "Silva brasileiro" o que vai dar no mesmo. O "brasileiro" era uma figura recorrente na prosa de Eça. Hoje aparece todos os dias nas televisões sob as mais imaginativas quanto apalhaçadas formas. Lula está em nós e nós estamos em Lula. Saravá.

PATRIMÓNIO IMATERIAL

João Gonçalves 29 Jul 10



João Belchior Viegas deu-me, em vinil, o disco que trazia este fado. Era o 1º volume de uma colectânea de fados de Amália. Não havia telemóveis e, por ter de falar com Joaquim Manuel Magalhães ao telefone enquanto o disco girava, disse-me este para reparar no poema do fado. É a segunda vez que o ponho cá. Tanta fadista pernóstica e ka(th)ias vanessas amarisadas a cantar "poesia" palermóide ou bandas rock no metro a guinchar e a lambuzar o que outrora Amália tornou definitivo quando, afinal, está tudo aqui, nestas três singelas estrofes de Luís de Macedo.

Por trás do espelho quem está
De olhos fixados no meus?
Alguém que passou por cá
E seguiu ao Deus dará
Deixando os olhos nos meus.

Quem dorme na minha cama
E tenta sonhar meus sonhos?
Alguém morreu nesta cama
E lá de longe me chama
Misturado nos meus sonhos.

Tudo o que faço ou não faço
Outros fizeram assim
Daí este meu cansaço
De sentir que quanto faço
Não é feito só por mim.

(letra: Luís de Macedo; fado de Joaquim Campos)

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