Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

A PÁTRIA RETÓRICA

João Gonçalves 11 Jul 10


Marcelo também não resistiu. Está, aliás, em plena concordância com a sua "história". Foi ele quem, há seis anos, na mesma tvi, sugeriu a bandeirinha à janela e nos carros por causa do euro 2004. Agora veio "amanteigar" o governo contra Passos Coelho por causa da fatídica golden share da PT que ele considera tão interessante para a preservação da lusa espécie no mundo como a Torre de Belém. Não há pachorra.

(foto: Jansenista)

O PREC DO SENHOR COMENDADOR

João Gonçalves 11 Jul 10

O que estava mesmo a fazer mais falta era o "momento gonçalvista" do senhor comendador. De facto, é preciso começar tudo de novo mas não exactamente como proposto pela rara inteligência madeirense do comendador Berardo. Pessoalmente não tem por que se queixar. O Estado "deu-lhe", de armazém, o CCB onde ele alberga - acrescentando, tirando, voltando a acrescentar e voltando a tirar - a sua colecção de arte. Ficasse ele com o CCB, "nosso" e do "imaginativo" Mega Ferreira, e não se perdia nada.


Sócrates - recordam-se certamente - começou o mandato absoluto com uma rídicula prédica que incluia o lancinante apelo "Espanha, Espanha, Espanha". Depois passou a "Chávez, Chávez, Chávez" e acabará, fatalmente, "Brasil, Brasil, Brasil." É da natureza das coisas, dos negócios e, sobretudo, dos envolvidos. Desta vez, na bola, regresse-se a Espanha. Àquela Espanha de que o insuspeito António Sardinha, citado por Sena, disse «só parecer perigosa àqueles em cuja alma insegura se empanou o altivo e intransigente sentimento da pátria». Uma pátria improvável desejada por todos os que recusam «uma pátria retórica com um Tejo a transbordar de naus que se afundaram todas há muito.» (clip: Manuel de Falla, La vida breve. Danza Española nº 1.Teatro Monumental. Madrid,2005. Jesús López Cobos.Castañuelas: Lucero Tena)

Tags


«O semanário Expresso, bem lembrado de Aljubarrota e do roubo sangrento de Olivença, denunciou Passos Coelho na primeira página em letras tão grandes como o tamanho do crime e, na quinta página, provou arrasadoramente que 64 por cento dos portugueses, pensem o que pensarem os vendedores de pátrias, continuam a nutrir um acrisolado amor por Portugal e aprovam das mais profundas veras do coração a imortal batalha do eng. Sócrates contra o repugnante domínio da Telefónica. O dr. Johnson* manifestamente errou. O patriotismo não é o último refúgio dos malandros. Quem, como nós, passou por estes tensos dias da golden share e ontem leu as desassombradas declarações do dr. Silva Pereira (que tanto lembraram o inesquecível vulto de Salazar) sabe que não é.»

Vasco Pulido Valente, Público

*"O patriotismo é o último refúgio dos malandros. (Samuel Johnson, 1709-1784))"

O MESMISMO

João Gonçalves 11 Jul 10

Espero que Carlos Vidal não nos prive da sua opinião acerca da Vidigal entrevista de Anabela Mota Ribeiro (uma das pitonisas da correcção "cultural" em vigor) na revista Pública. Vidigal tem-se distinguido mais pelo seu entusiasmado "socratismo" gráfico do que por qualquer outra coisa. É uma betinha esquerda caviar que, à semelhança de outros, podia ter perfeitamente dado em deputada pelo lado "feminista", um jazigo intelectual que diz representar. Deu em exposição numa Gulbenkian que há muito deixou de ser a Gulbenkian salvo em raros momentos musicais ou museológicos. Este bocadinho sumariza-a perfeitamente.

Nota (de Carlos Vidal): «À "artista" já por várias vezes chamei de Anã Vidigal, que nada representa na arte portuguesa contemporânea, a não ser uma certa "sabedoria" em mover-se em círculos decisivos (que, como se sabe, começam em Lisboa e acabam antes de Badajoz - felizmente há lugares onde podemos viver em paz: pra lá de Badajoz, por exemplo). A "pintura" da sra. propriamente dita: é uma coisa de um decorativismo, uma coisa de salão e de sofá, levada à náusea. Vende ao Kg ou à tonelada para escritórios e salões de CEOs. Incultura extrema. Enfim, talvez escreva algo, talvez espere pela expo.... (Mas, não me vou esquecer).»

Tags

MARCELINISMO

João Gonçalves 11 Jul 10


Quem ler este post na parte relativa ao RCP, poderia pensar que o rádio clube português tinha nascido com o seu fugaz e funesto director Luís Osório. O autor do post, porém, é jornalista nesse "modelo" de isenção em que se tornou o Diário de Notícias. Digamos, para abreviar, que o jornalista tem sorte em trabalhar num sítio com «os pés assentes na terra», que define «alvos com clareza» e que não anda «a brincar ao experimentalismo editorial.» Bem haja mais o Marcelino.

DOIS «PROGRESSISTAS»

João Gonçalves 11 Jul 10


O evangelista Louçã, para além do pobre versejador Alegre, também tem em comum com Sócrates a recém descoberta, oportunista, das virtudes da autarcia económica contra os "ultra liberais" de Bruxelas. Precisavam de os meter no Tamariz num "convívio multicultural" que tanto apreciam. Com as carteiras e as suas prosápias insolentes.

Tags

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Últimos comentários

  • João Gonçalves

    Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...

  • s o s

    obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...

  • Anónimo

    Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...

  • Felgueiras

    Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...

  • Octávio dos Santos

    Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...

Os livros

Sobre o autor

foto do autor