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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

FALAR PARA DENTRO

João Gonçalves 5 Jul 10


O PS está em "jornadas parlamentares". Ainda pensaram em convidar gente "de esquerda" para ornamentar o evento. Porém, quem é que, sendo de esquerda, está disponível para falar a um bando de surdos-mudos e de ceguinhos voluntários que apenas servem de biombo de um governo atrapalhado? Assis, prudentemente, desistiu da empresa e foi buscar as relíquias da casa. Mário Soares, Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso vão lá fazer de conta que não são "deste" PS de Sócrates, uma coisa atípica e descaracterizada que gira à volta de um chefe em fim de carreira. Pode ser que Ricardo Rodrigues, o vice-presidente, finja oferecer a cada um um gravador com os respectivos dizeres para, no fim, ficar com eles. O grupo parlamentar do PS minoritário acabará num saco de gatos em que o último a sair guarda a lona do saco. Ninguém verdadeiramente está interessado em defender Sócrates - a começar pelos convidados - mas, até ver, Sócrates é a golden share desta gente toda. Não queria ser militante do PS quando a festança acabar.

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O CAIXA

João Gonçalves 5 Jul 10


Gabriela Canavilhas, a cangalheira da cultura, foi forçada a deixar entrar a realidade no seu ministério. Realidade significa cortes. E cortes é uma coisa que a subsidiodependência "artística" não sabe o que quer dizer. Vai daí, organizam uma "assembleia das artes" para tomar uma posição. Como se ganhassem algo com isso. Um artista que está à espera que os impostos dos outros paguem as suas evanescências - sobretudo os independentes o que representa, desde logo, uma contradição nos termos - é menos do que um artista. É, adequadamente, um oportunista. Por que é que há-de ser o Estado a suportar os delíquios supostamente artísticos deste ou daquela? Para que é que servem as fartas fundações "culturais" das empresas quase públicas e dos bancos? O Estado tem prioridades e responsabilidades específicas, a saber, a preservação do património material e imaterial do país. O ministério da cultura não pode ser "o caixa" permanente de artistas sempre por vir. Cabe-lhe preparar, porventura, uma alternativa a si mesmo nesta matéria. Canavilhas entrou sentada ao piano que já não frequentava há um tempo. e que tomou pela caixa de Pandora. Tocou o impensável para impensáveis. Agora amanhe-se.

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