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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

«A MINHA REDACÇÃO DA 4ª CLASSE»

João Gonçalves 27 Jun 10


«Eu elogiei o discurso que ele fez porque foi muito bonito e tinha muito conteúdo. Eu gostei do discurso.»

Mário Soares sobre Fernando Nobre, Arcos de Valdevez

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TRÊS A UM

João Gonçalves 27 Jun 10



Saudações a esse pequeno génio da bola, Maradona, do tempo em que os futebolistas usavam mais os seus talentos no campo do que entre duas bolas de silicone. E a Buenos Aires, uma das cidades mais belas do mundo.

QUATRO A UM

João Gonçalves 27 Jun 10



Parece que a Alemanha derrotou valentemente a Inglaterra na África do Sul, remetendo a respectiva selecção de volta à ilha. Heidegger escreveu que a língua é a casa do ser e, talvez não por acaso, da língua alemã saiu a literatura filosófica mais decisiva para o século XX e, pelos vistos, para os primeiros anos do XXI - a do dito Heidegger e a de Nietzsche - sem a qual, aliás, outra qualquer jamais teria sido escrita ou redescrita. Também Wagner, na música, com o conceito dos leit-motiven, operou uma pequena revolução com o seu Ring que até hoje não foi superada. A Alemanha é um país de excessos. Ora a vida vale justamente por causa deles embora dure por causa da mediania. Dich teure Halle, grüss' ich wieder. (Wagner, Tannhäuser. Jessye Norman. 1991, Nova Iorque)

O NOVO FENÓMENO DO ENTRONCAMENTO

João Gonçalves 27 Jun 10


«Após cinco anos em sentido inverso, o povo decidiu que o eng. Sócrates é o responsável por todas as calamidades que se abatem sobre a nação. O dr. Passos Coelho, que há meses vem legitimando as calamidades, é um herói popular. Explicações? Não mas peçam. Talvez as desculpas do dr. Passos Coelho tenham tocado o coração das massas oprimidas. Talvez as massas andem tão cansadas do eng. Sócrates que o trocariam pelo Pato Donald ou por uma torradeira eléctrica. Talvez as massas sejam definitivamente malucas. Certo é que as massas querem o dr. Passos Coelho a primeiro-ministro, e só não vêem o desejo cumprido porque, pelos vistos, a nova forma de fazer política também implica evitar o poder a qualquer custo. A nova forma de fazer política ainda será política ou já entra na pura fraude?»
Alberto Gonçalves, DN

SUL PERIFÉRICO

João Gonçalves 27 Jun 10


Também li e, de notável, registei ser o único texto do respeitável hebdomadário que não ajoelha perante a lulização da língua portuguesa que atingiu, como doença fatal, alguma imprensa doméstica já de si obcecada pela "redacção única". De resto, é como Carlos Vidal resume. «Análise rigorosa, compreensão e solidariedade expandida no notável texto “A caça ao homem”, publicado no ”Expresso”, 26/6/2010, texto que consubstancia uma tese de uma sofisticação só comparável à obra “literária” (por assim dizer) “Equador”; tese, vamos lá: J Sócrates é vítima de uma “caça ao homem”; J Sócrates está fora de todas as confusões em que o querem envolver só por ódio gratuito e sabe-se lá que mais; a culpa de tudo o que se passa é única e exclusivamente dos colaboradores, “serventuários” e amigos de J Sócrates; [Sousa Tavares] está pois em posição de assegurar que J Sócrates nada tem a ver com nada (cale-se sr. magistrado de Aveiro), e são os seus amigos que, por amizade, ou zelo-amizade excessiva, desenharam ou soltaram os maiores cometimentos comprometedores, uma gente “infrequentável” (contudo, por sinal frequentada por J Sócrates, ah mas isso [Sousa Tavares] esqueceu-se de referir)»

O REGIME NUM PRÉMIO

João Gonçalves 27 Jun 10

«Anuncia-se que lhe será atribuído o Grande Colar de Santiago, reservado, por regra, a chefes de Estado. Para fazer esta excepção, é necessário um decreto especial. O acto de investidura é marcado para o Palácio da Ajuda. Estão todas as figuras do Estado e as televisões fazem directos. Vou no meu carro oficial acompanhado de batedores, buscá-lo ao Hotel Altis, onde está hospedado. Sento-me à frente. No banco de trás, Saramago e Pilar gracejam. (...) Pilar é sempre ela - eis a sua força.»

José Manuel dos Santos, Expresso


«O prémio Nobel não garante a importância literária de ninguém. Basta ver a longa lista de mediocridades que o receberam. Pior ainda, o prémio Nobel é atribuído muitas vezes por razões de nacionalidade ou pura política, sem relação alguma com a obra, que num determinado ano a Academia Sueca resolveu escolher. Que Saramago fosse o único escritor de língua portuguesa a receber essa mais do que duvidosa distinção não o acrescenta em nada, nem acrescenta em nada a língua portuguesa. Só a patriotice indígena (de resto, interessada) a pode levar a sério e protestar agora indignadamente porque o Presidente da República se recusou a ir ao enterro do homem. Por mais que se diga, e até que se berre, Saramago não era uma glória nacional indiscutida e universalmente venerada.»

Vasco Pulido Valente, Público

A ABORRECIDA REALIDADE

João Gonçalves 27 Jun 10


Quem não se lembra do simpático e bem parecido dr. Miguel Oliveira e Silva, campeão mediático, ao lado da esquerda caviar abastada, na campanha do referendo acerca do aborto? Quem esquece as suas aplaudidas e inflamadas intervenções televisivas a favor da lei em vigor? Entretanto, o dr. Oliveira e Silva "evoluiu" para presidente do Conselho de Ética e deu pela realidade. De certeza que a maioria das mulheres a que alude na entrevista não pertence às classes média e média alta que estavam tão bem representadas nesses movimentos pelo "sim" e que, alarvemente, destratavam em público os seus oponentes quando estes falavam justamente de realidade.

«O número de abortos está a subir. De 12 mil passou para 18 mil em 2008 e para 19 mil em 2009.

Aumentaram os abortos ou a visibilidade sobre eles?
Está a subir o registo legal do número de abortos até às dez semanas.

Era expectável...

É expectável durante dois a três anos que isso aconteça porque são muitas mulheres que vêm do aborto clandestino e que o deixam de fazer às escondidas. Mas vamos ver até quando vão continuar a subir. Se os números continuarem a subir, a subir, é o total falhanço do planeamento familiar.»

É não é, dr. Oliveira e Silva? Temos pena mas não temos culpa. Pensasse nisso antes.

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