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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

A "SINISTRA"

João Gonçalves 13 Jun 10

Faltava esta componente, a da escrita. Embora aparentemente defeituosa, segundo o autor do post. A deputada Inês de Medeiros tem assim o direito de integrar o "intelectualismo" orgânico que se manifesta famosamente no lugar onde debita. Adquiriu-o depois de uma célebre entrevista acerca da irrelevância, politicamente falando, da palavra mentira e do verbo mentir. Uma verdadeira "escola". Realmente, como acentua o autor, a esquerda daquele "lugarejolar" é aquilo que a correspondente italiana melhor elucida. Sinistra.

A "PORTUGALIDADE"

João Gonçalves 13 Jun 10

Que diabo é a "portugalidade"? Li num blogue que umas pessoas - fatalmente regionalistas - pretendem "debater" essa coisa misturada com Portugal. Se Portugal é o que é, imagine-se o que seria se lhe fosse acrescentada a "portugalidade". Portugal precisa de cosmopolitismo mental. A "portugalidade" é justamente o que anda a dar cabo disto praticamente desde que Afonso zurziu a progenitora. Tenham tino.

OS SHREKS DA PSEUDO DIREITA

João Gonçalves 13 Jun 10

"O dr. Cavaco não tem sido um grande Presidente; nem sequer um bom Presidente. Mas, no fundo, não tem sido um mau Presidente. Na medida em que a Constituição lhe permite, foi fazendo o que pôde, que não era com certeza o que ele pretendia, nem principalmente o que prometeu. De qualquer maneira, hoje, com a candidatura de Manuel Alegre, é a única garantia de sanidade para os próximos cinco anos. Mas, pela primeira vez, parece que a direita se agita para apresentar um segundo candidato, o que pode levar Cavaco com uma certa facilidade a uma segunda volta perigosa e humilhante (em 2006 só ganhou por 50,5 por cento do voto) ou mesmo, com azar, a uma inesperada derrota. Ninguém sabe o resultado da demagogia de Alegre num país miserável e desesperado.Quem e porquê resolveu correr esse risco? De acordo com o DN, a Igreja Católica e alguns conservadores sem identificação precisa. Parece que esta hipótese ou, se preferirem, esta
suspeita, se funda num "guião" anónimo, que por aí circula e "crucifica" o Presidente por causa da lei do casamento homossexual (que ele não vetou). Esse "guião" é um "guião" para homilias, que aparentemente já começaram e se espalham agora por Portugal inteiro. O protesto não é só contra a passividade de Cavaco, é também contra a justificação que ele deu para essa passividade - a crise económica - que "ofende a inteligência e a dignidade de um povo". Os promotores do movimento (se movimento existe) acham que antes da crise económica vem a "crise de valores" e que o dr. Cavaco falhou no principal. Esta excitação não espanta. O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, insinuou há semanas que o Presidente não seria reeleito. O dr. Bagão Félix também tornou pública a sua infelicidade de católico e acrescentou que era muito "saudável para a democracia" uma "candidatura do centro-direita" (como se a de Cavaco não pertencesse à espécie). E anteontem o dr. Santana Lopes, sempre esse homem fatal, trouxe o seu precioso apoio ao exercício. Manifestamente, as lições da TVI e do aborto não ensinaram nada ao cardeal Policarpo. Quando a Igreja, ameaçando com o seu o presumível peso eleitoral, se decide ingerir na política prática, acaba inevitavelmente por perder e por se perder. Quer de facto o sr. D. José medir pelo voto a influência da Igreja em Portugal? Pense bem."

Vasco Pulido Valente, Publico (links e sublinhados da minha responsabilidade)
Adenda (bem vista, de um leitor): "O sr. cardeal não criticou o autor da lei (Sócrates), não criticou os "aprovadores" da lei (esquerda unida folclórica), mas veio criticar o promulgador da lei. Eu sei que não sou muito inteligente, mas a verdade é que não consigo mesmo perceber a coerência do sr. cardeal. "

WOTAN/PESSOA

João Gonçalves 13 Jun 10


"Viveu" sempre e só nesse abismo que era a prosa dos seus versos e os versos da sua prosa. Como um Wotan privado de amor (porque a ele renuncia) e da capacidade de amar até ao fim, simultaneamente o mais humano dos deuses e o mais cruel dos homens. De uma carta sua a Francisco Cabral Metello, datada de 31 de Agosto de 1923. «Espero que a paisagem com que v. presentemente conversa lhe arranje um diálogo que o entretenha. Nem sempre acontece, não é verdade? Há árvores, pedras, flores, rios que são tão estúpidos que parecem gente.»

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