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portugal dos pequeninos

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QUE O MUSEU DE MARINHA SEJA DEIXADO EM PAZ

João Gonçalves 22 Mai 10


Tencionava escrever sobre isto, caro leitor José Monteiro (gostava de o tratar pela patente), mas reparo que António Figueira diz exactamente o que é preciso dizer. E conclui melhor do que eu jamais poderia concluir: «que Gabriela, a sonhadora, seja devolvida rapidamente ao seu rincão açoriano, e que o Museu de Marinha seja deixado em paz.». Assim Gabriela aproveitava logo para "estrear" o seu idiota "Museu da Viagem" (a outra queria um do "mar da língua") dando o exemplo.

VIENNA

João Gonçalves 22 Mai 10



A RTP2 presta, na noite de sábado, serviço público. Pelas 23h exibe Johnny Guitar, de Nicholas Ray, um filme de 1954 com Joan Crawford, Sterling Hayden e Mercedes McCambridge. É um dos filmes "da vida" de João Bénard da Costa e, evidentemente, da nossa. Como escreveu de Joan Crawford (Vienna), é «o papel que consome e consuma toda a última Crawford, talvez a mais poderosa criação jamais vista em cinema.» Não falhou um milímetro.

AS NOVAS TITIS

João Gonçalves 22 Mai 10

«Enquanto funcionárias do género», pela Helena Matos.

Vamos ver se os prosélitos (os manhosos e os crédulos) que denodadamente defendem o extraordinário zelador da Constituição e do Estado de Direito - dois equívocos que dá jeito invocar precisamente só quando dá jeito - que é Mota Amaral, também vão defender a mesma Constituição e o mesmo Estado de Direito a propósito da retroactividade dos impostos em 2010. Vai ser curioso observar um parlamento - o soberano em matéria fiscal desde que se inventaram os parlamentos - vergado a uma combinação oral, entre duas pessoas, no remanso de São Bento. Dois contra duzentos e cinquenta e tal dá bem a dimensão da inutilidade amoral da coisa.

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DESFORÇO PATRIÓTICO

João Gonçalves 22 Mai 10


Daqui para diante, devemos dar o melhor do nosso desforço patriótico para corresponder aos lancinantes apelos do governo, do senhor Presidente e do jovem Passos. Ou seja, dar ao país, em incremento negativo, precisamente o mesmo valor das taxas com que os rendimentos do trabalho vão ser agravados. Reduzir o "esforço" de cada um de acordo com o valor das taxas publicadas no jornal oficial é um imperativo tão eminentemente nacional como ir à África do Sul, ter de gramar Sócrates todos dos dias ou ser obrigado a pagar o salário de deputado, há mais de 40 anos, a Mota Amaral.

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UM REGIME DE POLTRÕES COM CRAVOS AO PEITO

João Gonçalves 22 Mai 10


«Também a indignação moral se tornou "incidental", e onde é mais necessária existe apenas "abulia espiritual". Vamos admitir, apenas admitir, que em 2009 ocorreu total ou parcialmente aquilo que a comissão investiga e que, verdadeiro exemplo de acédia, a maioria dos nefelibatas afirma pelos bares ter a certeza que existiu. Justifica-se tanta indiferença? Pode-se dizer que "todos os governos fazem o mesmo", para neste caso nada fazer? Pode-se encolher os ombros e dizer, como se fosse a coisa mais natural do mundo, "toda a gente sabe que ele mentiu", e depois? Não mentem todos? Pode-se dizer que foi uma tentativa que não passou de uma tentativa que acabou por não se concretizar (não é bem verdade...)? Pode-se dizer que isso são águas passadas e que hoje temos tantas coisa importantes para tratar, que isso é uma distração ou uma vendetta? Pode-se de facto dizer muitas coisas destas, mas esta enorme indiferença de jornalistas e, mais do que de jornalistas, de muita da nossa elite, é o terreno privilegiado da acédia, que depois se transmite como uma doença para todo o lado. É como a corrupção, um mal cuja aceitação social tem mecanismos muito semelhantes. O demónio de Evagrius adormecia os monges, a acédia adormece o carácter cívico da sociedade sem o qual a democracia não sobrevive. Cria poltrões habilidosos em esconder que estão a dormir em vez de ler, porque dá muito trabalho. Cria um país ao qual se pode fazer tudo, desde que não se seja descoberto. Ou melhor, desde que não se seja descoberto de modo muito descarado, porque, se for disfarçado, passa. Passa tudo, passa mesmo tudo.»


José Pacheco Pereira, Público

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