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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

OS ROBIN DOS BOSQUES INVERTIDOS

João Gonçalves 15 Mai 10

O anafado Costa, conhecido benfiquista e comentador da SICN, nas horas vagas edil de Lisboa, amuou por causa da alegada suspensão da terceira ponte sobre o Tejo. E foi amuar para dentro do partido que partilha com o querido líder e com o CEO da Mota Engil, o fatal dr. Coelho. Coincidência ou não, parece que, em menos de uma semana, a dita ponte passou de suspensa para "a construir". Dizem que com os fundos que não vão para a meia-dose do TGV. E tudo isto acontece quando pedem "esforços patrióticos" aos outros. É escusado dizer onde é que devem meter os "esforços".

PARABÉNS À PRIMA

João Gonçalves 15 Mai 10


O eterno candidato a um trono que não existe, Duarte de Bragança, faz hoje sessenta e cinco anos. Já se podia reformar sem penalizações.

O ESFORÇO

João Gonçalves 15 Mai 10

Algum idiota que tenha a triste ideia de me vir falar directamente em "esforço patriótico", leva um bom par de estalos. É o único esforço que estou disposto a fazer.

O ELIXIR SOCRÁTICO

João Gonçalves 15 Mai 10



Nunca é excessivo repetir a famosa ária do pantomimeiro Dulcamara porque a figura inspira muita gente. O vate socrático da blogosfera é um deles. Aqui cita Pulido Valente mas omite o essencial da crónica, a saber, a perigosa contribuição de Sócrates para o Portugal do "viva", diariamente bajulado pelos seus seguramente esfolados joelhos pagãos e ateus. E aqui o encómio à piedosa intervenção do seu herói a bem da nação, do euro e da senhora Merkel precisamente pela ordem inversa. O elixir que o Eduardo anda a defender mata mais do que salva apesar de ele o tomar (e querer que nós o tomemos, tomando-nos a todos por parvos) a sério. Ao menos o de Dulcamara era apenas vinho.

Clip: Donizetti: LElisir dAmore, Teatro Real Madrid. 2006. Ruggero Raimondi

O CADÁVER ESQUISITO E ADIADO

João Gonçalves 15 Mai 10


«Pode um Governo como o actual, um primeiro-ministro como o actual, desgastado, arrastando-se numa selva de contradições e más vontades, ter legitimidade e autoridade para estar à frente de um país que transformou num protectorado de Bruxelas? A resposta é não. Mas também aqui nos defrontamos com a nossa ineficácia. Pudéssemos nós fazer eleições como os ingleses e num mês, sem hiatos governativos, ter um novo governo em funções e isso seria imperativo. Agora, nem isso é possível. É beber o cálice até ao fim.»

José Pacheco Pereira, Público

«Está em S. Bento como estaria uma planta, à espera do momento próprio de ser removido. É uma espécie de delegado regional da "Europa" ou, se preferirem, um moço de recados, com um emprego temporário e, ainda por cima, vexatório. No meio dos triunfos do Benfica e da visita do Papa e, à parte uma frase melancólica ou um adjectivo de passagem, ninguém reparou que o país sofreu a maior humilhação nacional deste último século. O que mostra aonde chegou o país, mas também o que sempre foi a "Europa". Poderia ser de outra maneira? Não parece. Como contar com a mais vaga "solidariedade" ou sequer delicadeza do sr. Sarkozy ou da sra. Merkel, que não nos conhecem ou têm qualquer motivo para gostar de nós? Para quem nos paga (e de certa maneira somos todos pagos) não passamos de um povo inferior e semibárbaro, que gasta prodigamente o dinheiro que não ganhou e que depois vem de mão estendida pedir esmola. Os ricos não respeitam mendigos; de maneira geral, correm com eles. Sobretudo, correm com os mendigos que não percebem, ou fingem que não percebem, o seu lugar no mundo e tentam aldrabar o próximo e viver a crédito. Para a Alemanha e para a França, os portugueses, como os gregos, merecem uma boa lição e muita cautela, não os leve a natureza, como de costume, para maus caminhos. Custa engolir isto ao fim de vinte anos de retratos de família e da imunda cegarrega da "união". Só que nunca houve "união". As grandes potências da Europa - a Alemanha, a Inglaterra e a França - não desapareceram e continuaram a desprezar por convicção e hábito os semicafres do Mediterrâneo e do Leste, que se dignam proteger e, de quando em quando, explorar. As tribos do Báltico, ao menos, sendo louras, permitem um certo sentimento de afinidade. O resto, não: essa tropa fandanga miserável, eternamente envolvida em querelas de má morte, preguiçosa e suja não faz parte da Europa por mais do que um desgraçado acidente geográfico. Por isso, o Sarkozy e a sra. Merkel não hesitaram em chamar o irresponsável sr. Sócrates, pregar uma descompostura ao referido Sócrates e mandar o homem para casa com o rabo entre as pernas. E, para cúmulo, com razão. Viva Portugal!»

Vasco Pulido Valente, idem

Nota: Agora que não há liga - haverá o mundial, uma taça esquecível e umas inaugurações folclóricas - e o Papa regressou ao sossego da sua lucidez, Portugal fica de novo entregue a si mesmo e a Sócrates. Sucede que Sócrates, fechado na ilusão autística de salvador putativo de algo que já não existe (uma pátria), é cada vez mais passado, aquilo a que Cunha Rego apelidava de cadáver em férias. Só que as férias de Sócrates enquanto cadáver político esquisito e adiado, custam-nos muito dinheiro e sofrimento ético. Por isso, deve saudar-se a coragem de um tipo simplesmente humano como o António José Seguro. Para já, basta-lhe esta distinção.

O INGÉNUO LIBERAL

João Gonçalves 15 Mai 10

Custa-me escrever isto, mas, a avaliar por isto, Sócrates esteve mais à altura do famoso "acordo" do que a outra parte, o contra-peso Passos. Ou Passos julga que vive num país de grandes empresas e de ainda maiores empresários mortinhos por serem governados por afoitos "liberais à portuguesa"?

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