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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

CLARAMENTE VISTO

João Gonçalves 14 Mai 10

A reacção do eucaliptal PS de Sócrates - Assis, o boquinhas Canas e mais uma ou outra irrelevãncia - ao "perdoa-me" nacional de Passos Coelho, para além de evidenciar o calibre moral e político dos envolvidos, prova que o muito agachar de Passos só serviu para mostrar um rabo de palha que os ditos indivíduos aplicadamente zurziram. Em política, dr. Passos, não existe gratidão. E vai ver, claramente visto, como não existe.

NÃO HÁ MEIO DE RECONHECEREM A SUA MEDIDA

João Gonçalves 14 Mai 10


Muitas pessoas "católicas, apostólicas, romanas" - alguns deles bloggers - fizeram da visita do Papa um evento social para os betinhos e betinhas tontos que, no fundo, não conseguem deixar de ser. Preferiram a sua congénita frivolidade à fé que é uma coisa inteiramente privada mesmo quando manifestada em comunidade. Posaram conspicuamente para fotografias, quais cavalos de raça, e dedicaram-se ao mútuo comemorativismo, muito satisfeitos por terem sido convidados para coisas com esta. Contudo, aquilo para que apela Bento XVI é precisamente o oposto desta exibição palonça. «Existe o outro modo de utilizar a razão, de ser sábio, a do homem que reconhece quem ele mesmo é; reconhece a própria medida e a grandeza de Deus, abrindo-se na humildade à novidade do agir de Deus. Assim, precisamente aceitando a sua pequenez, fazendo-se pequenino como realmente é, chega à verdade. Desta maneira, também a razão pode expressar todas as suas possibilidades, não é anulada mas amplia-se, torna-se maior. Trata-se de outra sofia e sínesis, que não exclui do mistério, mas é precisamente comunhão com o Senhor, em quem repousam a sapiência e a sabedoria, e a sua verdade.»Vejam lá se aprendem.

Adenda: O João Pedro Henriques, a quem ninguém, presumo, solicitou que acompanhasse no blogue a visita do Papa (em vez de se "acompanhar" a si mesmo ou aos amigos), prestou efectivamente um belo serviço público editando as sucessivas intervenções de Bento XVI.

«O PAPA NÃO MEDE MULTIDÕES»

João Gonçalves 14 Mai 10


«Nenhum dos bem-pensantes que protestaram nos jornais contra a utilização do espaço público e as facilidades que o Estado deu à Igreja para a visita do Papa disse uma palavra sobre o Benfica ou sobre a maneira como em Portugal inteiro o futebol abusa do público pacífico, que, por inclinação ou princípio, não se interessa por aquela particular actividade. Esses podem sofrer tranquilamente, que ninguém se rala. Pior ainda: houve mesmo por aí quem se orgulhasse (ao que parece sem motivo) da muita gente que atraiu o Benfica em comparação com a pouca gente que atraiu o Papa, não se percebe exactamente para provar o quê: se a indiferença religiosa neste nosso admirável mundo moderno ou se a superioridade do Benfica sobre o catolicismo como religião ou valor social. Graham Greene escreveu uma vez que se descobrisse o Papa mal vestido e pobre à espera de autocarro, isso nem por um segundo abalaria a sua fé. No tom que lhe compete, o Papa Bento XVI repete constantemente a história de Greene. A Igreja, já explicou, perdeu toda a influência sobre o Estado e, o que é mais, não a quer readquirir: quer a sua liberdade e autonomia. A pompa e circunstância não valem para Ratzinger o preço de se "adaptar", como por aí o incitam, a uma civilização, que ele considera transviada dos seus fins verdadeiros. A ideia de que os católicos se transformem numa pequena minoria desprezada e perseguida não o horroriza, desde que a Igreja continue fiel a si própria. O Papa não mede multidões. Reafirma uma doutrina e uma vontade num tempo hostil. O resto, desconfio que não o interessa.»
Vasco Pulido Valente, Público

O ROSTO DA "ESPECULAÇÃO"

João Gonçalves 14 Mai 10


A "especulação" - de quem? vinda de onde? - serviu para a Europa do Tratado de Lisboa, na qual se inclui este prostíbulo chamado Portugal, produzir maquilhagem de diversa extracção para encobrir provisoriamente o seu rotundo fracasso. Repare-se que governos de "cores" distintas reduziram (simbolicamente, como essa subtileza ambulante chamada Sócrates enunciou para sugerir que era Passos, o ingénuo, quem exigia a "medida") salários dos governantes para inglês, espanhol ou italiano ver. A Europa do Tratado de Lisboa é uma falácia política que pode arrastar, na sua inconsequência e no limite, o euro. Por terem percebido isso, recorreram ao make up até porque à senhora Merkel (e, porventura, a Sarkozy) é-lhe indiferente o regresso ao marco ou que o FMI aterre em Lisboa. A Inglaterra, aliás, a dos dois novos penteadinhos, quer ver o euro bem longe da ilha. Tudo junto, a "especulação" corresponde a um engendramento interno, político, da Europa do Tratado para que as secções locais dos dois maiores partidos europeus - como bem os apelidou Adelino Maltez -, cá representados pelas duas menores criaturas supra mencionadas, se agitem ao telemóvel, fora de qualquer contacto realista com o mundo. No fundo, é uma reacção de servos. Falar em "ataques especulativos" é, pois, gozar com o pagode. Se há alguém que anda a "especular" com o país, é a desgraça que lidera a dita seita. Ele é a especulação em pessoa.

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