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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

DA PUTIDADE

João Gonçalves 1 Mai 10

Um grupo de prostitutas decidiu acompanhar o desfile do dr. Carvalho da Silva (outro putativo candidato presidencial das queridas esquerdas). Diziam "prostituição é trabalho sexual" e querem reforma. Devem ser apoiadas. O que há mais por aí, com muito menos dignidade do que estas trabalhadoras, é prostitutas intelectuais com direito a diversas reformas. As primeiras ainda pertencem ao lastro da mais velha profissão do mundo enquanto muitos dos segundos são putas novas e sabidas que nasceram logo velhas em putidade.

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NOBRE E ALEGRE

João Gonçalves 1 Mai 10

Os candidatos presidenciais no "terreno", o bardo Alegre e o dr. Nobre, fizeram prova de vida. Alegre - que não vê a hora de Sócrates reparar nele pelo menos tanto quanto repara num secretário de estado - disse uma gracinha qualquer a propósito de Cavaco ter falado daquilo que ele, Alegre, ignora: economia, finanças e política. Isto já que ele não descola daquilo que melhor o caracteriza: a poesia, e da má. Quanto ao monárquico Nobre, conhecido filantropista internacional, e famosa nulidade política, promove um jantar onde, entre outros, conta com "soaristas" de sempre como a filha do próprio, a D. Sande Lemos (quem?), o músico Veloso e mais dois ou três, os suficientes para mostrar a Alegre que o dr. Soares não se esqueceu de 2006. Força.

OVIBEJA OU O ANIMAL QUE RI DE NÓS

João Gonçalves 1 Mai 10


A Ovibeja é uma espécie de MoMA para certos portugueses. Não há político que se preze que não corra ao evento, da esquerda à direita. O dr. Portas, por exemplo, há muito que trata os animais e os donos dos animais da Ovibeja, vivos ou mortos, por "tu". Já Sócrates, mais dado a restaurantes italianos em hotéis de luxo de Lisboa, suporta mal o cheiro da bosta e alguns visitantes da Ovibeja sentem precisamente o mesmo em relação ao homem. Mesmo assim, andou por lá a explicar a bondade do TGV e do betão entre restaurantes, transeuntes e feirantes. A coisa não correu bem. A coisa vai correr mal.

PALAVRAS SENSATAS EM TEMPOS SOMBRIOS

João Gonçalves 1 Mai 10


As de Rui Ramos, ao i.

«O regime percebeu que não se pode identificar com um regime repressivo, antidemocrático, anti-feminista, colonialista [a 1ª República] e, por outro lado, a crise actual não dá para grandes festejos. E essa comemoração está muito longe... ninguém está a reparar.»
«Alguma coisa está errada com a História que se ensina na escola.«
«Espero francamente que José Sócrates não fique na História porque se ficar terá de ser pelas más razões. Não sei prever o ano que vem, mas neste momento aquilo a que pode ficar associado não é nada de bom. Em 2005, tentou protagonizar uma viragem, finalmente as reformas, mas pode ser lembrado como aquele primeiro-ministro que estava no governo quando o país entrou em bancarrota. Esta é uma das mais graves crises dos últimos 100 anos»
«O partido que domina o governo há 15 anos é o PS, que tentou convencer os portugueses que a despesa pública era a maneira de criar riqueza a Portugal. A economia parou e estagnou. Finalmente, todos os que estiveram no poder nos últimos anos e continuaram a linha do PS. Há ainda a responsabilidade colectiva, porque estas pessoas foram eleitas por nós. O maior problema de Portugal é o endividamento do Estado, mas também é o dos particulares, que também foi fomentado. Mas esse endividamento privado corresponde também a decisões individuais e as pessoas devem assumir as suas próprias responsabilidade.»
«Este país nunca foi, em relação aos países mais ricos da Europa, mais rico do que é hoje. Fomos sempre um país periférico pobre. Mesmo nas Descobertas e noutras alturas que identificamos na História, sempre fomos: éramos mais pobres do que a Holanda, por exemplo. Há um teste simples: fazer turismo e comparar igrejas e palácios que existem nos diferentes locais, as que há em Inglaterra, mesmo na Idade Média, e as que havia cá. Fomos sempre mais pobres. Mas sempre aspirámos a mais do que éramos.»
«Até à década de 60 tivemos uma das populações mais jovens na Europa Ocidental - disponível para arriscar, experimentar, ir fazer outras coisas. Mas nestes 40 anos tornámo-nos numa das populações mais envelhecidas da Europa, mais carregada com dívidas. Não é por acaso que somos dos países onde há mais casas por habitante e a percentagem de casa própria é a maior. Tornámo-nos velhos, sedentários e comprometidos.»
«No século XX já passámos por grandes dificuldades, por problemas maiores que este, mas sempre com a sensação de que havia recursos e capacidade e que se conseguia dar o salto e subir das dificuldades. É a primeira vez em que, para toda a gente que está vivo em Portugal, olhamos para a frente e vemos um caminho a descer independentemente das dificuldades. Historicamente, isto é uma novidade. Uma incerteza em relação aos custos e à solução, mas uma incerteza em relação à capacidade de resolver.»
«É fundamental um Presidente da República que afirme a ideia que um país tem que fazer contas. Como todos temos que fazer em nossas casas.»

«Há quem fale por aí do "autismo"de Sócrates. Não concordo. Verdade que o poder leva sempre a um certo irrealismo: pelo isolamento, pelo incenso de uma corte dependente e (como se constata) acéfala e pelo facto, não despiciendo, de que um primeiro-ministro precisa de acreditar no que faz. De qualquer maneira, não é manifestamente o "autismo" que move Sócrates. O que move Sócrates não é mais do que a imagem, de "modernizador" e "duro", que, no fundo de si próprio, ele julga ser. Gostava de nos legar um Portugal irreconhecível e maravilhoso: com computadores na escola, com o MIT, com o Simplex triunfante, com o novo aeroporto, com o TGV. Um Portugal como essa América que ele viu na Beira em séries de televisão para provincianos. Sucede que Portugal, a que falta tudo ou quase tudo, não se tranformou, ou se transforma, com propaganda cosmética. Sócrates percebeu o fracasso. Mas, "como um animal selvagem", resistiu. Queria deixar um monumento ao seu glorioso consulado. O Simplex não servia, o inglês na escola também não e, muito menos, servia a contenção do défice, que de repente explodiu, ou a hegemonia do PS, que já desapareceu. Do Portugal fantástico com que ele sonhou, sobra o aeroporto, a TTT e o TGV. Isso, sim, está à altura dele. Não contem com ele para desistir.»

Vasco Pulido Valente, Público

BURGESSOS E BIMBOS

João Gonçalves 1 Mai 10


Da 1ª página do insuspeito e bíblico Expresso: «Portugueses são menos qualificados que turcos, mexicanos e brasileiros. Patrões são os menos instruídos da UE.» Que bela sociedade civil.

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