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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 31 Mai 10
João Gonçalves 31 Mai 10
João Gonçalves 31 Mai 10
João Gonçalves 31 Mai 10
João Gonçalves 31 Mai 10
João Gonçalves 30 Mai 10
«Para quem, como eu, participou, há 5 anos, na campanha presidencial de Mário Soares, não é difícil prever o que se vai passar com a candidatura de Manuel Alegre, agora com o apoio dos dirigentes do PS.»
João Gonçalves 30 Mai 10
João Gonçalves 30 Mai 10
João Gonçalves 30 Mai 10
«De repente, Portugal inteiro começou a falar obsessivamente das presidenciais? Porquê? Por três razões. Primeiro, porque só depois delas se poderá resolver o verdadeiro problema político do país, que é, de facto, Sócrates. Segundo, porque tanto Cavaco como Alegre parecem vulneráveis. Terceiro, porque a eleição de Alegre mudaria profundamente o equilíbrio interno do PS e do PSD. Com Alegre em Belém à custa do PC e do Bloco, o PS tarde ou cedo acabava por ser puxado para a esquerda e por se tornar irrelevante e marginal. E, sem Cavaco no horizonte, o PSD, livre de uma geração já morta, e de resto falhada, ficaria com o caminho aberto para a direita e para uma hegemonia durável no país, principalmente se conseguisse fazer um pacto com o CDS, que no fundo nada de sério ou de profundo impede. Apesar de Presidente em exercício, uma vantagem sem preço, a fraqueza de Cavaco é óbvia. Prometeu na campanha - se ainda se lembram? - devolver Portugal ao crescimento e à prosperidade, em "cooperação estratégica" com a maioria socialista. Às quintas-feiras, como um aluno atento, recebia a orientação do mestre e, se a cumprisse, tudo voltava à ordem rapidamente. Era uma ideia catedrática da Presidência, que morreu de inoperância e ridículo. Sócrates colaborou na farsa quando lhe convinha e ignorou o resto; Cavaco assistiu inerme à pior crise económica da democracia. Pior do que isso: o PS, da lei do divórcio ao casamento de homossexuais, não contemporizou com ele e ele engoliu passivamente o que lhe serviram, para grande fúria da Igreja e do conservadorismo indígena. Estes cinco anos de pura decadência, se me permitem a palavra, deixaram um mau gosto e não o recomendam. Quanto a Manuel Alegre, manifestamente não percebeu que o projecto de juntar o PS ao Bloco (e, a seguir, ao PC) é a melhor maneira de criar uma guerra civil endémica no PS (como a do PSD) e de o eliminar por anos como partido de governo. A oratória difusa do candidato e a vacuidade programática da esquerda talvez ganhem uns votos, num país desesperado e perdido. E são com certeza um alívio para o ressentimento acumulado da "inteligência" bem-pensante. Mas não resolvem problema nenhum. Alegre, em Belém, ou se virava do avesso (coisa simplesmente impensável), ou seria sempre uma força de instabilidade e conflito. Nem ele, nem Cavaco prometem nada de bom a Portugal. A nossa desgraça é que não há outros.»
João Gonçalves 29 Mai 10
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...