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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

A "FAMÍLIA POLÍTICA" DO MIÚDO

João Gonçalves 14 Abr 10

O bardo Alegre fez sair um comunicado, em bicos dos pés, para dizer que a sua "família política" é o PS. Ou seja, a mesma dos três rapazes do Taguspark, entre outros, que, aliás, agiram precisamente por serem da "família" e por causa dela. Este míudo que pregava pregos numa tábua promete.

Adenda: Ver Daniel Oliveira, uma das pitonisas do regime, a defender este "familiar" dos ditos rapazes, tem o seu quê de irónico. Ou talvez não. Cfr. com este post.

TODO O RESPEITO?

João Gonçalves 14 Abr 10

Está Rui Moreira na SICN a dizer, consecutivamente, "com todo o respeito por Luís Figo" e, depois, a afirmar o que tem de ser dito sobre alguém que não tinha qualquer necessidade de aparecer junto a tanta nódoa. Por isso, qual respeito quanto mais todo?

«NOUTROS LUGARES»

João Gonçalves 14 Abr 10


Não é que ser possível ser feliz acabe,
quando se aprende a sê-lo com bem pouco.
Ou que não mais saibamos repetir o gesto
que mais prazer nos dá, ou que daria
a outrem um prazer irresistível. Não:
o tempo nos afina e nos apura:
faríamos o gesto com infinda ciência.
Não é que passem as pessoas, quando
o nosso pouco é feito da passagem delas.
Nem é também que ao jovem seja dado
o que a mais velhos se recusa. Não.
É que os lugares acabam. Ou ainda antes
de serem destruídos, as pessoas somem,
e não mais voltam onde parecia
que elas ou outras voltariam sempre
por toda a eternidade. Mas não voltam,
desviadas por razões ou por razão nenhuma.
É que as maneiras, modos, circunstâncias
mudam. Desertas ficam praias que brilhavam
não de água ou sol mas solta juventude.
As ruas rasgam casas onde leitos
já frios e lavados não rangiam mais.
E portas encostadas só se abrem sobre
a treva que nenhuma sombra aquece.
O modo como tínhamos ou víamos,
em que com tempo o gesto sempre o mesmo
faríamos com ciência refinada e sábia
(o mesmo gesto que seria útil,
se o modo e a circunstância persistissem),
tornou-se sem sentido e sem lugar.
Os outros passam, tocam-se, separam-se,
exactamente como dantes. Mas
aonde e como? Aonde e como? Quando?
Em que praias, que ruas, casas, e quais leitos,
a que horas do dia ou da noite, não sei.
Apenas sei que as circunstâncias mudam
e que os lugares acabam. E que a gente
não volta ou não repete, e sem razão, o que
só por acaso era a razão dos outros.
Se do que vi ou tive uma saudade sinto,
feita de raiva e do vazio gélido,
não é saudade, não. Mas muito apenas
o horror de não saber como se sabe agora
o mesmo que aprendi. E a solidão
de tudo ser igual doutra maneira.
E o medo de que a vida seja isto:
um hábito quebrado que se não reata,
senão noutros lugares que não conheço.


Jorge de Sena

DAS PUTAS INTELECTUAIS

João Gonçalves 14 Abr 10

Numa carta a Augusto-França, Jorge de Sena lamenta as putas intelectuais *que proliferavam, na altura, na vida pública ("culta") portuguesa. Se há coisa, porém, que o regime nos tem fornecido, como salsichas em lata, é arremedos de tal ignota e nunca extinta estirpe. Seja na "cultura", seja na política ou seja onde for, menos na rua que é lugar onde jamais teriam cabimento por inadmissíveis ao pé de quem é, literal e dignamente, fruto de vida vivida dramaticamente. Um tipo que escreve baboseiras destas, é o quê?

*carta de 19 de Fevereiro de 1978, a menos de cinco meses da morte:«eu sempre li as putas ou os patrões de putas desse país, tentando não ficar tão provinciano como eles.»

CONTRA A CULTURA DA EXPERIMENTAÇÃO

João Gonçalves 14 Abr 10

Este post é indispensável no meio do frenesim acéfalo - que inclui uma chusma de parvoíces sobre tolerâncias de ponto concedidas nos dias da visita de Bento XVI - em curso contra alguém que se limitou a reassumir «o discurso natural da Igreja» e que «assestou o fogo nas fragilidades da cultura da experimentação.» Brilhante, Filipe.

MAIS PASSIVO

João Gonçalves 14 Abr 10


Desta feita da gloriosa CML do "quadratura" Costa. São "só" mais 400 milhões, em 2009, do que o anunciado pela vereação do referido senhor. Por que é não vão todos, e a respectiva corte de "intelectuais" que apoia o "quadratura" comemorar para a Trindade, passando pela Baixa, para ver se são definitivamente engolidos pelos múltiplos buracos abertos ou trespassados pelos milhares de carros e de autocarros que o edil permitiu que se concentrem no centro de Lisboa a qualquer hora? É o novo "autarca comentador-modelo". Não se esqueçam, pois, de o levar ao colo para secretário-geral quando se fartarem do outro.

DA PASSIVA

João Gonçalves 14 Abr 10


O Ministério Público preferiu a passiva, a corrupção, para os três "rapazes" do PS que, no Taguspark, contrataram Figo para posar para a dita Tagus e, de caminho, para beber um cafezinho matinal público com o chefe partidário dos "rapazes". Figo foi poupado "por falta de consciência da ilicitude". Porém, não se percebe bem a ideia da passiva para os outros. Os "rapazes" deixaram-se "corromper" por eles mesmos?

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