Como católico, considero intelectualmente desonestas as declarações do Cardeal Tarcisio Bertone que, no Chile, teve a brilhante ideia de ligar a homossexualidade à pedofilia. E são desonestas porque, num homem com a sua formação, é inadmissível um "raciocínio" digno da superstição mais primitiva e analfabeta. A pedofilia é um crime e uma patologia. E a sexualidade, em versão hetero, homo ou ambas, não é nem um crime nem uma patologia. É só isto.

Tomás Vasques foi logo citar, para se referir ao PSD (sim, aquilo não é para aplaudir a "direita" que ele execra), as "palavras insuspeitas" do dr. Mário Soares, essa imberbe e independente figura da paisagem política portuguesa, e a "soarista" Cunha e Sá, também ela dita independente, que, de há uns tempos para cá, anda como que enevoada apesar de alegadamente servir para nos ilustrar acerca dos caminhos políticos a seguir enquanto jornalista e editora política da tvi. Com independentes destes, Tomás, vou ali ao café de São Bento e já venho.

O famoso "simplex" não é para todos. Por exemplo, o senhor conselheiro Pinto Monteiro demorou quatro meses a enviar, de Lisboa a Aveiro, material probatório de um dado processo, material esse destinado a ser destruído. Independentemente da coisa em si, convinha que Passos Coelho não se esquecesse do senhor conselheiro. É que, desde que ganhou o PSD, nunca mais lhe ouvi uma palavra acerca da permanência do colendo nas funções de PGR quando, dias antes, me pareceu tão perfeitamente determinado. Já lhe começou a entrar a maldição "institucional" do respeitinho pelo cós das calças?