Desde a mais famosa ultrapassagem de "objectivos" dos últimos dias, a do dr. Mexia na EDP - até parece que a EDP não faz mais do que a sua obrigação em fornecer electricidade em regime monopolista, estilo "contrato de adesão" irrecusável do lado do consumidor -, que os "objectivos" tomaram conta do fraco imaginário dos pequenos poderes nacionais. Desde o funcionário que cola selos nas cartas ao coveiro municipal, toda a gente tem "objectivos". Neste derradeiro caso, o que acontecerá ao coveiro se não enterrar, porque não morreram entretanto, todos os falecidos que constam dos seus "objectivos"? Até lhe convém que morram mais para ele "ultrapassar" os "objectivos". Este sovietismo serôdio que entrou na vida das pessoas graças ao PS dos últimos anos, supostamente destina-se a mostrar, não se saber bem a quem, a "excelência" (um termo repugnante dos manuais de administração traduzidos relesmente do inglês) dos indígenas e a ainda maior "excelência" dos que mandam neles. Chegou, agora, aos médicos que também terão os seus "objectivos". Talvez haja uma quota para "excelentes" médicos milagreiros e, para consolo das indústrias farmacêuticas, para os que receitem mais e, sobretudo, para os que forem espanhóis. Este trauma uniformizador, sempre justificado por uma meritocracia que só existe nos referidos manuais, é mais uma prova da imaturidade da sociedade portuguesa que, muito adequadamente, não confia em si mesma. E da imaturidade de quem pastoreia. Julgam que, por coisas destas, deixamos a periferia? Que ilusão.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...