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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

CHEIRA A PODER?

João Gonçalves 9 Abr 10


As televisões dizem, por lá ouvirem dizer, que para ali para os lados de Carcavelos "cheira a poder". Cheira? Pobres crédulos oportunistas. Aposto que Cavaco vai ficar na história dos presidentes eleitos como o único, até agora, que fará dois mandatos sem dissolver a A.R. O macabro jogo de equilíbrios em vigor tem todas as condições para se manter por toda a legislatura. E Cavaco não é especialmente conhecido por fazer fretes partidários como os seus dois antecessores. Muito menos ao PSD.

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O "NOVO" PSD

João Gonçalves 9 Abr 10

A partir da "número dois" em diante, a lista de dirigentes do PSD que Passos Coelho vai propôr ao seu congresso amestrado - Leite Campos, Marco António, Ruas, Carreiras, etc., etc. - é outro género de endogamia. Não sabia que Leite Campos era social-democrata mas vou sempre a tempo de aprender. Quanto a Marco António, não falo de contentores de lixo. O resto é mais do mesmo.

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ENDOGAMIAS

João Gonçalves 9 Abr 10


O que mais me chocou ouvir da boca da tríade Xavier/Pacheco/ Costa, na SICN, foi a defesa da endogamia gestionária do regime, uma espécie de direito circulatório divino de meia dúzia de iluminados que, até que morram, são o melhor da espécie, ora ministros, ora gestores, ora a puta que os pariu. Por que é que não os exportam - e V. Exas. podem ir atrás deles - para ver se ganhamos alguma coisa com isso?

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«Valença, praça-forte contra o invasor do costume, encheu-se de bandeiras espanholas por causa de atendimentos médicos. Só as consultas da caixa mobilizam a população a ponto de as Urgências serem mais importantes do que a pátria. Como as manifestações e outras acções do repertório dos movimentos sociais não chegaram, foi preciso esta semana recorrer à provocação final, a das bandeiras estrangeiras. A sociedade civil mobiliza-se mais e com mais eficácia contra medidas governamentais quando atraída por formas de acção inovadoras, mediáticas e aparentemente desligadas dos partidos e de como muitos vêem a própria política. E, de facto, vários políticos profissionais ofenderam-se com as bandeiras espanholas agitadas no húmus sagrado da pátria. A provocação simbólica ignorou o cardápio do politicamente correcto. O mesmo maravilhoso povo que há seis anos, a pretexto do futebol, encheu todas as janelas disponíveis com bandeiras verde-rubras, para alegria própria e do poder, fez agora a desfeita ao mesmo poder de desfraldar as amarelo-rubras. Pelas imagens e declarações, percebeu-se que a cena das bandeiras espanholas foi apenas uma provocação, mais para levar os media a explorar o inédito do que por sentimentos antipatrióticos. Os valencianos estão contra o Governo, não contra o seu país. As bandeiras espanholas não escandalizaram porque na fase actual nada escandaliza. Se o primeiro-ministro aparece envolvido em casos atrás de casos, se o Governo faz exactamente o contrário do que prometeu, se a crise se agrava enquanto Sócrates propagandeia diariamente moinhos de vento renovável, porquê escandalizarmo-nos com bandeiras espanholas como repertório de acção de agit-prop popular? O clima político tem-se degradado gradualmente, semana a semana, desde Setembro. Isso nota-se também nos media. Enquanto os noticiários da RTP continuam a missão oficial de gerir os danos que a política governamental causa ao próprio Governo, os noticiários da SIC e da TVI não seguem a mesma reverência perante o querido líder. Nos últimos meses, nas aparições públicas que ainda mantém em agenda, Sócrates aparece como um político acossado. A central de propaganda tentou que as televisões não fizessem perguntas "fora da agenda" ao chefe do Governo. Na altura, a RTP e a SIC aceitaram, mas a TVI noticiou o próprio caso. Agora, que há perguntas inconvenientes, Sócrates não responde. Foge dos jornalistas, foge das perguntas à vista das câmaras e dos espectadores. E, como se viu na TVI, às 13h10 de terça-feira, está rodeado de seguranças que empurram à bruta os repórteres quando estes fazem perguntas que lhe desagradam, incluindo sobre as bandeiras. É a lei do mais forte, comentou o repórter Amílcar Matos em directo. A prazo, veremos se a lei do mais forte é a dos "gorilas" de Sócrates ou a da liberdade de o mostrar em fuga. Protegido pelos empurrões dos guarda-costas, Sócrates em fuga realça o carácter de propaganda das mesmas "TV opportunities" de sempre a que ele ainda vai: fala do palanque, com cenário e discurso preparados, repete no final aos jornalistas o auto-elogio que fizera no palanque (que ou é sobre as energias renováveis ou é sobre as energias renováveis) e foge depois a perguntas sobre a crise, o desemprego, as falências, a dívida externa, a possível recessão, as bandeiras em Valença, os prémios do seu Mexia, os casos incríveis em que esteve ou está pessoalmente metido. Estas marcantes imagens televisivas de uma acção contra o Governo por cidadãos agitando bandeiras estrangeiras e de um primeiro-ministro fugindo da realidade por via de empurrões de guarda-costas retratam a situação do país: um barril de pólvora em cima de um pântano sistémico.»


Eduardo Cintra Torres, Público

AS AMÁVEIS CRIANCINHAS

João Gonçalves 9 Abr 10

O Público assinala como "frase do dia" uma coisa assim: "Temos de abandonar o fado choradinho que nos acompanha. O crescimento do país reclama arte e engenho, o Galo de Barcelos e a Nossa Senhora já não nos chegam." Por um lado, faz com que ninguém, e bem, vá ler tal prosa em tal jornal. Por outro, elucida o leitor sobre o nível de "arte e engenho" dos nossos manequins que, muito honestamente, apregoam às massas (e a si, iguais aos outros) no seu próprio, intrínseco e atávico estilo infantilóide.

O ESPLENDOR DA PASSIVA

João Gonçalves 9 Abr 10

«Com o desemprego a mais de 10 por cento, com o rendimento per capita a cair, com a dívida das famílias como nunca foi, com a desigualdade social a crescer, com o défice do Estado e a dívida externa sem solução à vista, com um primeiro-ministro, por assim dizer, pouco popular e com os partidos sem prestígio, Portugal politicamente não se mexe.»

Vasco Pulido Valente, Público

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