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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

PERFEIÇÃO

João Gonçalves 30 Abr 10



Para desenjoar desta porcaria que somos nós, hoje, aqui, nesta abjecçao colectiva de seu nome Portugal, Maria Callas. Bellini, Norma.

O AMIGO DE PENICHE

João Gonçalves 30 Abr 10

Às tantas, no meio do pseudo-debate parlamentar quinzenal, Sócrates puxou da tora passoscoelhista, o livrinho Mudar, para nele se louvar das suas magníficas obras públicas tipo TGV, aeroportos e auto-estradas. Talvez Passos e os seus lúcidos conselheiros comecem agora a perceber com quem é que se meteram.

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HONORIS POIA

João Gonçalves 30 Abr 10

O lesma Guterres vai receber um doutoramento honoris causa na "universidade" da Beira Interior que deve ter sido coisa inventada por ele e pelo inexistente Gago.* Assiste esse emérito ex-aluno universitário que dá pelo nome de José Sócrates. Tais coisas, honoris causa, até a ratos podem ser atribuídos porque não alteram o curso da natureza. Porém, os que lho vão dar, farão a menor ideia do que representou, para o país que o pariu, o exercício da criatura enquanto chefe de governo, descontando o brilhantismo de mona que nem a ele, por cá, de alguma coisa serviu?

*segundo comentário, data de 1979, prévia, portanto, ao Gago e ao homenageado. Imagino que seja uma "grande" universidade da mesma maneira que tudo é grande em Portugal.

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A "AGENDA"

João Gonçalves 30 Abr 10

Estive a "folhear" a agenda do Presidente da República enquanto Portugal se afunda na auto-ilusão. Recebeu a "comissão do 10 de Junho" - meia dúzia de inutilidades que preparam outra inutilidade -, arrostou o fardo do homem branco atrás do presidente de Moçambique e respectiva tropa fandanga e prepara um fim de semana dedicado a provadores de vinho e à machona Ovibeja. Em que país vive, afinal, Cavaco?

POLÍTICA CADAVEROSA

João Gonçalves 30 Abr 10


«O que Sócrates nos deve é - não exagero - imensurável. Não há maneira de resolver nenhum problema de Portugal, financeiro ou outro, com este Governo e o pessoal que ele atraiu ou contratou. Desde a Monarquia Constitucional à I República, a história está cheia dos cadáveres de quem nos levou ao desespero e à humilhação por que hoje passamos. Quem não acredita que leia quatro eminentes ministros das Finanças. Gente com experiência e alguma presuntiva sabedoria. Um deles (ministro de Sócrates) acha, literalmente, que precisamos de rezar, e muito. Braga de Macedo confessa com franqueza que não existe uma receita certa para evitar, ou afastar, uma "crise especulativa". Bagão Félix (ministro de Santana) pede o fim expedito dos "paninhos quentes". Catroga também. E só o inefável Pina Moura, embora manifestamente a custo, consegue dar ainda um arzinho do optimismo oficial. Os jornais parecem um muro de lamentações. Mesmo os políticos, com razão, já não se atrevem a abrir a boca. Esperemos que Passos Coelho, como ele prometeu, faça de facto o que for necessário, com dureza e com pressa. Não é justo que Portugal caia pouco a pouco na miséria e no medo.» Até aqui é Pulido Valente no Público. Sucede que Passos Coelho regrediu para aí uns vinte e sete anos e veio com a conversa dos certificados de aforro para substituir remunerações, uma coisa que aconteceu ainda Portugal não estava na Europa, não havia euro e havia, sobretudo, FMI e o dr. Soares que sempre tinha outro prestígio que estes neófitos não têm. Para já, o que Passos pode fazer com a "ideia" é limpar-lhe o rabinho ou esperar uma monumental desordem geral.

A BOLA OU O ESTADO DE NEGAÇÃO NACIONAL

João Gonçalves 30 Abr 10


«O objectivo é manter os cidadãos entretidos com a bola e seus clubes "maiores", para não se lembrarem da crise e do Governo que nos pôs nela. Balzac dizia em 1834 que, se não fosse pelas tabernas, o Governo seria derrubado em França todas as terças-feiras. Hoje é o mesmo. Sem o futebol na televisão, este Governo cairia todas as terças-feiras.» Até aqui é Eduardo Cintra Torres, no Público. Sem o futebol na televisão, os portugueses seriam confrontados, no recato dos seus lares infelizes, com eles mesmos e com a mediocridade geral da pátria para a qual contribuem simultaneamente como vítimas e carrascos. A bola mantém o estado de negação nacional e conforta a mais recente dupla salvífica (quantas covas e jazigos não estão cheios delas!), Sócrates e Passos, Passos e Sócrates. E assim sucessivamente.

«NUNCA VI PARIS CONTIGO DENTRO»

João Gonçalves 30 Abr 10


Vi Roma a arder, e neros vários
bronzeados à luz da califórnia
guardar em naftalina nos armários
timidamente, a lira babilónia;
as capitais da terra, uma a uma,
desfeitas em nuvem e negra espuma,
atingidas de noite no seu centro;
mas nunca vi paris contigo dentro.
E falta-me esta imagem para ter
inteiro o álbum que me coube em sorte
como um cinema onde passava «a morte»;
solene imperador, abrindo o manto
onde ocultei a cólera e o pranto,
falta-me ver paris contigo dentro.



António Franco Alexandre, Duende

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O ENTERTAINER CAMARÁRIO

João Gonçalves 29 Abr 10

António Costa, um tipo que mal sabe tratar da intendência de uma miserável câmara, pretende dar lições de economia e finanças europeias enquanto mero entertainer televisivo. Os outros três bonzos que o comprem e o dr. Balsemão que lhe pague que não tenho troco para tagarelas.

AS RAZÕES DO PAPA

João Gonçalves 29 Abr 10


Venho do lançamento do livro da Aura Miguel sobre Bento XVI. Marcelo, um católico optimista, apresentou. Revi amigos sem data nem marcações prévias como o João Seabra e o João Amaral, da editora, de quem partiu a ideia do livro. A Aura é jornalista de profissão e a única que acompanha as viagens papais com estatuto de "vaticanista". Neste sentido, a Aura é atípica da monomania jacobinóide e materialista que tomou conta da quase totalidade dos media e que só serve, afinal, para revelar analfabetismos funcionais, ignorâncias várias e preconceitos chiques. A maior parte dos que escrevem contra Ratzinger são burros e burras simples. Sucede que a mensagem deste Papa é demasiado elementar na sua aparente complexidade. É, aliás, a única mensagem verosímil da Igreja neste tempo - uma mensagem radical, altamente exigente, como recordou Marcelo. Porque, nesta Europa secularizada, nós, católicos, somos uma minoria apesar das estatísticas, coisa que Bento XVI não se cansa tranquilamente de repetir diante de uma pessoa ou de milhões delas. A Aura falou de um Papa que aí vem que nos quer inteligentes precisamente porque a fé, na razão, acrescenta vida à vida. Este livrinho de menos de cem páginas ajuda a perceber porquê. (Nota: amanhã, dia 30, o livro é apresentado na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, às 19h00, por D. Manuel Clemente)

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