Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

ENTENDAM-SE

João Gonçalves 5 Mar 10

Um ex-candidato a bastonário da ordem dos advogados - que agora está na justiça como secretário de Estado - admite, embora menos que o azougado Marinho (que, pelos vistos, gostava de estar no governo), que pode haver uma "contaminaçãozinha" política das magistraturas*. Dada a actual condição da criatura, o que ele está querer dizer é que o PGR não tem mão no Ministério Público dado que os juízes não funcionam em hierarquia. Entendam-se.

*Falou em "premonições" e "intuições" como um taumaturgo de Vilar de Perdizes. E é isto secretário de Estado. E da justiça.

RIDÍCULO

João Gonçalves 5 Mar 10

Mutatis mutandis, isto é uma "ovibeja". Afinal, o que a malta gosta mesmo é ser gira, diferente e, sobretudo, discriminada. Ridículo.

UM PAÍS QUE METE NOJO, cont.

João Gonçalves 5 Mar 10


Dizem-me, ao almoço, duas coisas patéticas. A primeira, que ao 1º ministro, em Moçambique, deu-lhe para elogiar os "ex-combatentes" da Frelimo, vulgo terroristas, esquecendo-se dos soldados portugueses. Nada que espante numa criatura sem mundo que tem de se "cuidar". Nem o dr. Sousa Martins do regime, Mário Soares, se esqueceu deles quando visitou o ex-ultramar. A segunda, que Cavaco foi até à Catalunha que tem uma pulsão regionalista e autonomista, calada e funda, mais ameaçadora que a do país basco. A bandeira independentista catalã é mais antiga que a "ikurrina" e os mais de sete por cento de inflação na região "puxa" por ela. Não houve, nas paupérrimas casas civil e militar de Cavaco, ninguém que lhe explicasse isto?

Tags

UM PAÍS QUE METE NOJO

João Gonçalves 5 Mar 10


Ouvi na rádio o envergonhante bastonário da ordem dos advogados, o sr. Marinho, a lançar-se a tudo o que mexe nas magistraturas. Por que é que não concorre ao CEJ e se cala? Leio que Sócrates não resistiu à sua corridinha parola em Moçambique. E percebo, numa sondagem, que os "inquiridos" acham que este, o da corridinha, mentiu no parlamento quando falou do negócio PT/TVI. Mesmo assim, subsiste, para eles, como preferido para governar esta choldra de que eles, os inquiridos e o da corridinha, são pelos vistos luminosos representantes. Razão, pois, de Jorge de Sena numa carta a Sophia de 1962. «Cada vez mais penso que Portugal não precisa de ser salvo, porque estará sempre perdido como merece. Nós todos é que precisamos que nos salvem dele.»

1.«A argumentação da ERC, do Governo e da Direcção de Informação (DI) da RTP só serviu para acabar com As Escolhas de Marcelo - e mais nenhum programa. Por exemplo, Mário Soares tem sido o único político com sucessivos programas documentais e de entrevistas na estação pública sem que a ninguém ocorresse exigir, com igual "legitimidade", ou o seu fim, ou espaços semelhantes para políticos de relevo doutras "áreas político-partidárias". Às pressões governamentais para o fim d"As Escolhas de Marcelo juntou-se a visão puramente partidária que os cinco partidos parlamentares, e com eles a ERC, têm da opinião e da informação em geral e na RTP em particular. Nenhum dos partidos, nem mesmo aquele de que Rebelo de Sousa foi presidente (PSD), teve neste processo a grandeza de reconhecer nele o special one do comentário, com uma qualidade superior às dos restantes praticantes no espaço público, e que interessa a uma larga audiência, independentemente da "área político-partidária" a que ele pertence. A RTP, servil, escolheu ficar mais pobre, empobreceu as escolhas do espectador. Foi uma vitória, mais uma, da estratégia socretista de condicionamento da opinião independente, e uma derrota da pluralidade de expressão
2. «Não havia plano do Governo para controlar media". A insistente repetição do lugar-comum serve para nos convencer de que, para ter havido um plano, seria preciso encontrar-se agora uma folha Excel ou um PowerPoint num portátil de Sócrates com um calendário de ataque aos media. Mas não é preciso. Há um milhão de maneiras de se fazer as coisas, não é preciso escrevê-las, nem mesmo falar delas ao telefone. E os planos, quaisquer que sejam, incluindo os legítimos e democráticos, estão sujeitos às contingências da política. O plano era ir fazendo. E o plano continua a somar êxitos.»

Eduardo Cintra Torres, Público


3. «
A cadeira de procurador-geral parece ser um lugar maldito, que consome quem nela se senta, até porque quanto mais controversos são os casos, mais impossível é (passe o pleonasmo) substituir quem a ocupa. Pinto Monteiro parecia reunir todas as condições para ser um bom procurador-geral, mas está a contribuir para uma ainda maior desconfiança dos cidadãos no sistema de Justiça e de investigação criminal. Não vejo, pois, hipótese de restabelecer um mínimo de confiança sem assumir que todos os documentos relativos a este processo, por mais controversos que sejam, são rapidamente colocados à disposição do Parlamento e da opinião pública. Uma controvérsia baseada em documentos é melhor do que uma gritaria alimentada por suposições
»

José Manuel Fernandes, idem

4. «
Neste tipo de grupos, no tal groupthink, desenvolve-se uma "moral" do tipo: quem não está connosco, está contra nós. O grupo passa a funcionar deficientemente porque não analisa alternativas, porque perde todo o pensamento crítico. São grupos em que o chefe desde o início e em qualquer decisão manifesta a sua opinião sobre uma solução, inviabilizando, nestes casos, qualquer outra alternativa. São grupos coesos em que fazer parte do grupo é visto como de grande importância, cuja principal meta é preservar a coesão do grupo. Coesão essa, aliás, constantemente, relembrada pelo chefe. Para manter essa coesão é necessário imaginar que todos os outros são o "inimigo". Portanto, os membros do grupo percepcionam o mundo como pertencendo a um grupo moralmente superior, sitiado e acossado de inimigos: não há pessoas que pensam de outra forma, não há adversários, mas apenas inimigos. A partir desta forma de liderança de grupo desenvolvem-se, não só uma moral, mas também uma "racionalidade" mesmo para decisões obviamente perniciosas quando percebidas pelos elementos exteriores ao grupo. Mas o grupo tem justificações para tudo, porque a sua racionalidade é a sua moral. A unanimidade é ilusória, apenas a pressão do grupo evita que as divergências se manifestem. A auto-censura predomina. Lentamente, o grupo fica circunscrito a pessoas eficientes a aplicar as decisões do grupo (que verdadeiramente são do chefe), mas incapazes de ter pensamento crítico.»

Luís Campos e Cunha, idem

5.
«Ninguém ou quase ninguém está isento de responsabilidades na situação a que chegámos: Governo, autarquias, empresas e cidadãos. Mas, se é necessário o esforço de todos, é evidentemente para as elites políticas e económicas que olhamos com mais insistência. Delas não depende tudo, mas, sem elas, não haverá orientação do esforço nem desenho do rumo a seguir. Ora, francamente, não parecem hoje estar à altura das necessidades e da urgência. Delas se exige uma excepcional capacidade de entendimento e de sacrifício das suas pequenas vaidades. É bom que saibam que há já quem duvide que seja possível resolver os nossos problemas com democracia. Se, além de ficarmos mais pobres, perdemos liberdades, então o drama será completo.»

António Barreto, idem

6. «É uma tristeza assistir a este espectáculo de pobreza de um partido, que foi o partido de Sá Carneiro. E, vá lá, de Cavaco.»

Vasco Pulido Valente, idem

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Últimos comentários

  • João Gonçalves

    Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...

  • s o s

    obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...

  • Anónimo

    Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...

  • Felgueiras

    Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...

  • Octávio dos Santos

    Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...

Os livros

Sobre o autor

foto do autor