Uma insónia de princípio de dia permitiu, na cama e ao som de ventos, acabar de (re)ler um belo livro de Eduardo Lourenço sobre Pessoa, de 1973. Nessa altura Lourenço não era ainda, e tão tanto por vezes, o luminoso tagarela a quem o regime "cultural" passa a vida a acender velinhas. Mas, fora isto, Lourenço é curto num país onde há poucos como ele. Acabado o
Pessoa Revisitado, a rádio dava-me uma voz altiva e embotada que só minutos depois identifiquei. Falava dela e de um livro dela como se fosse a nova Penélope dos inventados labirintos fantasmagóricos de meia dúzia de famosas criaturas, "heróicas" ou nem por isso. Vaidosa e pesporrente,
Joana Amaral Dias quer, à força, ser a
enfant terrible dessa casta pseudo-imaculada de antigos devotos de santinhos vermelhos que é o BE. E o meu amigo
Medeiros Ferreira acha-lhe um futuro qualquer na tortuosa caverna neo-platónica bimba que acolhe as esquerdas portuguesas. Até hoje não consegui perceber o que é que acha e por que é que o acha. Tão pouco me interessa perceber. É evidente que perto das tolinhas mais evidentes dessas esquerdas (e das simétricas das direitas) que se pavoneiam no parlamento e nas televisões às costas e cotas dos respectivos partidos, Joana quase parece uma Madame de Stäel à moda do Bairro Alto. Todavia, é precisamente esse intervalo que a liquida. Esse
quase.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...